O primeiro debate

Em primeiro lugar devo dizer que sendo a cmtv uma televisão supostamente independente, tem todo o direito de organizar os debates que bem entender, mesmo que a motivação seja ganhar audiências à custa do circo em que o Sporting se transformou nos últimos tempos. No entanto a mim parece-me que este arranque dos confrontos televisivos entre os candidatos à Presidência do Sporting Clube de Portugal, foi precipitado, pois que se saiba ainda nenhuma candidatura está oficialmente confirmada, pelo que se percebe que três dos oito candidatos que já entrgaram listas, se tenham recusado a participar.

O que não se percebe é porque é que Bruno de Carvalho não participou, pois neste momento ele é tão candidato quanto os outros, a não ser que a cmtv tenha assento nas reuniões dos corpos sociais do Sporting e já saiba mais do que todos nós. Isto partindo do principio de que Bruno de Carvalho não foi convidado, pois estou certo de que se tivesse sido, não teria perdido esta oportunidade para aparecer.

Quanto ao debate em si, foi morno e pouco interessante, ficando muitos assuntos por tratar, enquanto os candidatos perdiam tempo a discutir a importância de serem mais novos ou mais velhos e de terem, ou não, um passado enquanto dirigentes do Sporting.

De qualquer forma há que dizer que Ricciardi ganhou de goleada e ainda teve tempo para arrasar Madeira Rodrigues, que coitado parece que não percebeu que se for até ao fim desta vez não vai ser uma sova, mas antes uma humilhação, pois estará ao nível de Rui Jorge Rego, que nem conta para o totobola. Enfim duas candidaturas perfeitamente desnecessárias.

Dias Ferreira fez-se valer da sua grande experiência televisiva, mas também não percebo o porquê desta candidatura. Dali não saiu uma única ideia para além daquela coisa da 2ª volta, que os outros se apressaram a chutar para canto. Compreendo que este é o sonho do homem, mas para quê insistir numa causa perdida? O resultado vai ser pior do que em 2011.

Ricciardi mostrou logo ao que vinha e atirou-se a Varandas que ele sabe ser o seu verdadeiro rival, isto para além de agitar o papão dos milhões, mostrando logo um conhecimento dos números que os outros não tem. É pena que o Carlos Vieira não possa estar presente para que pudéssemos conhecer o outro lado dessa moeda.

Ao ficarem em casa, Varandas e Benedito ganharam tempo e ficaram a saber o que é que os espera, pelo que em matéria de finanças vão ter de se preparar bem, pois do outro lado já se viu que está um candidato forte e muito seguro, que mostrou um grande à vontade perante as câmaras.

Em conclusão direi que depois deste debate confirmei aquilo que já era a minha convicção: Nestes quatro não voto de certeza.

Comentários