Talvez por vivermos num país onde o supra-sumo dos comentadores chegou a Presidente da Republica, esta actividade generalizou-se, abrangendo áreas tão vastas como a política, a economia e a justiça e chegando até a coisas insignificantes como os "reality shows", pelo que o futebol não podia escapar a esta verdadeira praga que se tornou numa profissão.
O comentário só por si não seria um problema, antes pelo contrário, desde que houvesse honestidade intelectual da parte dos comentadores e de quem promove os fóruns onde eles habitam, mas não é isso que acontece, daí a mal-sucedida abordagem de Bruno de Carvalho aos comentadores afectos ao Sporting, que foi logo aproveitada para disparar sobre o Presidente, acusado de falta de cultura democrática entre outras coisas piores.
Diga-se que esta ideia de boicotar a comunicação social nem é original, pois o actual presidente do Benfica em tempos teve exactamente o mesmo tipo de tirada, sugerindo que os benfiquistas não podiam alimentar os jornais e as televisões que ele considerava hostis ao seu clube, uma estratégia que entretanto evoluiu para a criação de uma rede de jornalistas e comentadores amigos, que ficou celebrizada como a "cartilha".
Curioso é que o Sindicato dos Jornalistas e o CNID, que foram tão céleres na critica ao boicote à comunicação social decretado por Bruno de Carvalho sem efeitos práticos visíveis, nunca se tenham preocupado com a "cartilhização" dos seus representados. Ou seja, para estes artistas é mais grave apelar para que não se leia nem se assista ao produto jornalístico por eles produzido, do que instrumentalizar esse mesmo produto.
Mas vamos voltar aos comentadores para percebemos aonde é que Bruno de Carvalho quer chegar. Nos diversos programas desportivos das televisões portuguesas é norma que os três grandes clubes estejam representados, ora por adeptos ditos notáveis, ora por ex jogadores, havendo depois os comentadores supostamente independentes, normalmente jornalistas e ocasionalmente também futebolistas retirados.
Se olharmos para aqueles que são afectos ao Benfica, rapidamente percebemos que a cartilha funcionou em pleno. O discurso é uniforme e de tal forma alinhado que deu tanto nas vistas que rapidamente se percebeu que havia ali um ponto condutor, que depois se descobriu ser um tal de Carlos Janela, uma figura tenebrosa que se apresentava na CMTV como comentador independente, mas que afinal era o mentor de um discurso que também tinha como objectivo um ataque cerrado ao Sporting e ao seu Presidente.
Quando rebentou o caso dos e-mails, as críticas aos responsáveis do Benfica resumiram-se a zero e os pequenos reparos foram quase arrancados a ferros. Da fase de negação em que tudo era mentira, rapidamente se passou para a fase de desvalorização, porque afinal aquilo não servia de prova para nada, pois tudo tinha sido sacado ilegalmente e não havia a tal causa efeito que pudesse demonstrar algum acto ilícito, para finalmente se descambar nas tentativas desesperadas de silenciamento de quem se atrevia a falar do caso.
Para além dos seus comentadores assumidos, o Benfica contou ainda com o apoio indefectível dos jornais A Bola e I, que praticamente passaram ao lado deste caso, sem esquecer outros fieis escudeiros, uns mais disfarçados do que outros, como Rui Pedro Brás e Luís Aguilar da TVI, José Nunes e João Gobern da RTP, Jorge Baptista e Luís Marçal da SIC, José Manuel Freitas e o já atrás referido Carlos Janela da CMTV, Octávio Ribeiro do CM, Nuno Farinha do Record, e até no sector da arbitragem há um tal de Marco Pina na CMTV, que só consegue ser ultrapassado pelo impagável e jubilado António Rola.
No que diz respeito a antigos jogadores, temos os alinhadíssimos Pedro Henriques e José Sousa na Sport TV, Diamantino Miranda na TVI, José Calado na CMTV e João Alves da SIC.
Agora atravessemos a 2ª circular até chegarmos a Alvalade e vamos lá então encontrar a nossa equipa, onde logo detectamos uma divisão clara entre os amigos e os inimigos do Presidente Bruno de Carvalho.
De um lado estão homens como Manuel Fernandes, Fernando Mendes, José Pina, Mourão Ferreira, Carlos Anjos, Paulo Andrade, Hélder Amaral, Augusto Inácio e António Macedo, para além dos que já desistiram, ou foram saneados, como Dias Ferreira, Eduardo Barroso, Carlos Dolbeth e José Eduardo. Mesmo assim neste grupo há quem preze a sua independência e não se coíba de criticar quando é caso disso.
O resto parece que é tudo escolhido a dedo na oposição a Bruno de Carvalho. Aliás falar mal do Presidente do Sporting é um passaporte para a fama, de tal forma que até encaixaram Octávio Machado como representante do Sporting na CMTV, ele que ali se limita a defender Jorge Jesus e a destilar o seu ódio de estimação a Bruno de Carvalho, mas nisso não está nem nunca esteve sozinho. Rui Oliveira e Costa, Farinha Alves, Rogério Alves, Abrantes Mendes, Carlos Severino, Carlos Barbosa da Cruz e Rui Barreiros, são alguns nomes ligados à oposição que tem ou tiveram tribunas públicas em nome do Sporting, isto sem esquecer ex futebolistas como Dani, Pedro Barbosa, Vidigal ou o patético Paulo Futre, que de sportinguistas tem muito pouco.
Basta olhar para esta lista para se perceber porque é que Bruno de Carvalho fala de falta de militância, pois é claro que há ali muita gente com o passo trocado e era a esses que o Presidente se devia ter dirigido em particular, pedindo para que deixem o Sporting em paz, pois do outro lado ninguém desafina do coro, que até tem apoios nos supostos comentadores independentes, uma trupe que terá talvez três ou quatro sportinguistas, que mesmo assim muito se esforçam para cumprir o seu papel, como serão os casos de Bernardo Ribeiro, Nuno Dias, Pedro Sousa e talvez até Rui Santos, sendo que quase todos eles tem litígios com Bruno de Carvalho, à semelhança de um tal de Ribeiro Cristóvão que teima em desbaratar o prestigio que granjeou durante anos e anos de carreira.
Agora digam-me lá se Bruno de Carvalho tem ou não razões para se queixar desta imprensa que divide o Sporting, dando muito espaço a uma oposição que só vale 10%, mas que na comunicação social tem muito mais peso do que isso, pelo que se farta de fazer barulho, enquanto do lado dos nossos rivais as poucas vozes que se levantam são ignoradas, mesmo quando o Benfica está envolvido numa serie de escândalos, que tal como Ricardo Araújo Pereira teve a coragem e a lucidez de dizer, mancham para sempre a história de um clube enorme, que de há muitos anos para cá caiu nas mãos de gente como figueiredos, damasios, azevedos, veigas, gonçalves e vieiras. Mas o coreano é o Carvalho.
O comentário só por si não seria um problema, antes pelo contrário, desde que houvesse honestidade intelectual da parte dos comentadores e de quem promove os fóruns onde eles habitam, mas não é isso que acontece, daí a mal-sucedida abordagem de Bruno de Carvalho aos comentadores afectos ao Sporting, que foi logo aproveitada para disparar sobre o Presidente, acusado de falta de cultura democrática entre outras coisas piores.
Diga-se que esta ideia de boicotar a comunicação social nem é original, pois o actual presidente do Benfica em tempos teve exactamente o mesmo tipo de tirada, sugerindo que os benfiquistas não podiam alimentar os jornais e as televisões que ele considerava hostis ao seu clube, uma estratégia que entretanto evoluiu para a criação de uma rede de jornalistas e comentadores amigos, que ficou celebrizada como a "cartilha".
Curioso é que o Sindicato dos Jornalistas e o CNID, que foram tão céleres na critica ao boicote à comunicação social decretado por Bruno de Carvalho sem efeitos práticos visíveis, nunca se tenham preocupado com a "cartilhização" dos seus representados. Ou seja, para estes artistas é mais grave apelar para que não se leia nem se assista ao produto jornalístico por eles produzido, do que instrumentalizar esse mesmo produto.
Mas vamos voltar aos comentadores para percebemos aonde é que Bruno de Carvalho quer chegar. Nos diversos programas desportivos das televisões portuguesas é norma que os três grandes clubes estejam representados, ora por adeptos ditos notáveis, ora por ex jogadores, havendo depois os comentadores supostamente independentes, normalmente jornalistas e ocasionalmente também futebolistas retirados.
Se olharmos para aqueles que são afectos ao Benfica, rapidamente percebemos que a cartilha funcionou em pleno. O discurso é uniforme e de tal forma alinhado que deu tanto nas vistas que rapidamente se percebeu que havia ali um ponto condutor, que depois se descobriu ser um tal de Carlos Janela, uma figura tenebrosa que se apresentava na CMTV como comentador independente, mas que afinal era o mentor de um discurso que também tinha como objectivo um ataque cerrado ao Sporting e ao seu Presidente.
Quando rebentou o caso dos e-mails, as críticas aos responsáveis do Benfica resumiram-se a zero e os pequenos reparos foram quase arrancados a ferros. Da fase de negação em que tudo era mentira, rapidamente se passou para a fase de desvalorização, porque afinal aquilo não servia de prova para nada, pois tudo tinha sido sacado ilegalmente e não havia a tal causa efeito que pudesse demonstrar algum acto ilícito, para finalmente se descambar nas tentativas desesperadas de silenciamento de quem se atrevia a falar do caso.
Para além dos seus comentadores assumidos, o Benfica contou ainda com o apoio indefectível dos jornais A Bola e I, que praticamente passaram ao lado deste caso, sem esquecer outros fieis escudeiros, uns mais disfarçados do que outros, como Rui Pedro Brás e Luís Aguilar da TVI, José Nunes e João Gobern da RTP, Jorge Baptista e Luís Marçal da SIC, José Manuel Freitas e o já atrás referido Carlos Janela da CMTV, Octávio Ribeiro do CM, Nuno Farinha do Record, e até no sector da arbitragem há um tal de Marco Pina na CMTV, que só consegue ser ultrapassado pelo impagável e jubilado António Rola.
No que diz respeito a antigos jogadores, temos os alinhadíssimos Pedro Henriques e José Sousa na Sport TV, Diamantino Miranda na TVI, José Calado na CMTV e João Alves da SIC.
Agora atravessemos a 2ª circular até chegarmos a Alvalade e vamos lá então encontrar a nossa equipa, onde logo detectamos uma divisão clara entre os amigos e os inimigos do Presidente Bruno de Carvalho.
De um lado estão homens como Manuel Fernandes, Fernando Mendes, José Pina, Mourão Ferreira, Carlos Anjos, Paulo Andrade, Hélder Amaral, Augusto Inácio e António Macedo, para além dos que já desistiram, ou foram saneados, como Dias Ferreira, Eduardo Barroso, Carlos Dolbeth e José Eduardo. Mesmo assim neste grupo há quem preze a sua independência e não se coíba de criticar quando é caso disso.
O resto parece que é tudo escolhido a dedo na oposição a Bruno de Carvalho. Aliás falar mal do Presidente do Sporting é um passaporte para a fama, de tal forma que até encaixaram Octávio Machado como representante do Sporting na CMTV, ele que ali se limita a defender Jorge Jesus e a destilar o seu ódio de estimação a Bruno de Carvalho, mas nisso não está nem nunca esteve sozinho. Rui Oliveira e Costa, Farinha Alves, Rogério Alves, Abrantes Mendes, Carlos Severino, Carlos Barbosa da Cruz e Rui Barreiros, são alguns nomes ligados à oposição que tem ou tiveram tribunas públicas em nome do Sporting, isto sem esquecer ex futebolistas como Dani, Pedro Barbosa, Vidigal ou o patético Paulo Futre, que de sportinguistas tem muito pouco.
Basta olhar para esta lista para se perceber porque é que Bruno de Carvalho fala de falta de militância, pois é claro que há ali muita gente com o passo trocado e era a esses que o Presidente se devia ter dirigido em particular, pedindo para que deixem o Sporting em paz, pois do outro lado ninguém desafina do coro, que até tem apoios nos supostos comentadores independentes, uma trupe que terá talvez três ou quatro sportinguistas, que mesmo assim muito se esforçam para cumprir o seu papel, como serão os casos de Bernardo Ribeiro, Nuno Dias, Pedro Sousa e talvez até Rui Santos, sendo que quase todos eles tem litígios com Bruno de Carvalho, à semelhança de um tal de Ribeiro Cristóvão que teima em desbaratar o prestigio que granjeou durante anos e anos de carreira.
Agora digam-me lá se Bruno de Carvalho tem ou não razões para se queixar desta imprensa que divide o Sporting, dando muito espaço a uma oposição que só vale 10%, mas que na comunicação social tem muito mais peso do que isso, pelo que se farta de fazer barulho, enquanto do lado dos nossos rivais as poucas vozes que se levantam são ignoradas, mesmo quando o Benfica está envolvido numa serie de escândalos, que tal como Ricardo Araújo Pereira teve a coragem e a lucidez de dizer, mancham para sempre a história de um clube enorme, que de há muitos anos para cá caiu nas mãos de gente como figueiredos, damasios, azevedos, veigas, gonçalves e vieiras. Mas o coreano é o Carvalho.
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