O Pinheiro não deixou

Sporting e Benfica empataram na Luz no jogo do título, deixando a decisão final para a última jornada, mas a verdade é que não fosse o apito do Pinheiro do costume, tudo poderia ter ficado resolvido.

Um golo logo a abrir foi o seguro de que o Sporting precisava para estragar a festa anunciada. Pouco depois Otamendi foi poupado a uma expulsão num lance onde a única dúvida era se tinha sido dentro ou fora da área e perto do intervalo o Pinheiro anulou um golo limpo a Pedro Gonçalves, numa jogada em que só apitou depois de ter percebido que a bola tinha entrado na baliza. Pelo meio Di Maria esteve perto de empatar num lance que começou com um fora de jogo claro que ficou por assinalar, numa 1ª parte em que os encarnados passaram a vida a protestar e ainda se queixam de um penaltizinho, numa jogada em que Zeno Debast realmente se pôs a jeito. Não houve descaramento para tanto.

Salvo pela arbitragem o Benfica teve a possibilidade de reagir na 2ª parte, com o Sporting a recuar na defesa do resultado, mas nem o golo do empate, graças a um momento de inspiração de Pavlidis, e o inclinar do campo, foram suficientes para derrubar o Sporting, que se defendeu bem sob o comando de Morten Hjulmand, de tal forma que à exceção daquele remate ao poste, Rui Silva não teve trabalho de monta. Só faltou sair com critério para o contra ataque, o que também não é novidade neste Sporting.

Os treinadores também não foram muito felizes no jogo das substituições. Hidemasa Morita não entrou bem e a saída de Pedro Gonçalves retirou equilíbrio à equipa. Do outro lado percebeu-se que afinal o plantel do Benfica não é assim tão melhor do que o do Sporting. Podem ter mais opções, o que foi visível apenas porque o Sporting chegou a ter uma dezena de lesionados, mas em termos de qualidade, Schjelderup, Belloti, Dahl. Bruma e Cabral nada acrescentaram, ao contrário de Jeremiah St. Juste, Matheus Reis e Conrad Harder, que até deveriam ter entrado mais cedo, pois a verdade é que a partir daí não houve mais nada para ninguém.

O empate acaba por se aceitar, embora com uma arbitragem isenta o Sporting pudesse ter ganho com relativa facilidade, mas agora não vale a pena falar mais nisso. O que interessa é ganhar ao Vitória, mesmo que nos ponham outro "pinheiro" no caminho.