Um passo atrás


O Sporting perdeu em Leipzig num jogo que me pareceu ter sido encarado com alguma displicência, faltando agressividade e intensidade, perante um adversário mediano que já estava eliminado. Fica a ideia de que se considerou este o jogo menos importante deste ciclo infernal que se segue e eu tenho de reconhecer que pelo menos era o menos decisivo, pelo que se apostou em poupar dentro do possível, sem arriscar muito e mesmo assim sobrou mais um lesionado.

A equipa até entrou bem, embora num ritmo morno, mas depois de ter sofrido o golo esteve muito perto de levar o segundo, valendo o VAR. Na ponta final da 1ª parte o Sporting ainda conseguiu reagir, mas no recomeço entrou mal e 2-0 voltou a estar perto.

Com as substituições tudo mudou para melhor e o empate chegou, mas quando se esperava que a equipa arrancasse para a vitória, foram os alemães a marcar um golo aos trambolhões e daí para a frente o Sporting nunca mais se encontrou, embora em cima da hora Gonçalo Inácio pudesse ter empatado.

Este jogo foi um recuo na afirmação do novo modelo imposto por Rui Borges e desta vez não gostei de Zeno Debast no meio campo e principalmente pareceu-me preocupante a fragilidade do lado direito da nossa defesa, onde Geny Catamo, a atravessar um péssimo momento, pura e simplesmente não ajuda.

Com este resultado voltamos às contas e, uma derrota em Alvalade frente aos italianos do Bolonha deverá significar o fim de uma campanha que começou bastante bem, mas o pior deste resultado desfavorável foi a travagem no processo evolutivo da equipa que ele pode significar, principalmente em termos anímicos, pelo que nos próximos jogos já não há margem de erro. 


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