O Sporting derrotou o Nacional da Madeira por 2-0 , naquele que foi o primeiro jogo sob o comando de Rui Borges, frente a um daqueles adversários que vem ao Estádio José Alvalade jogar com 9 ou 10 homens à frente da sua baliza. A equipa passou o teste, mas a exibição não foi brilhante.
Na 1ª parte o Nacional praticamente não saiu do seu meio campo, mas o Sporting apesar de atacar muito, raramente conseguiu criar perigo junto à baliza de Lucas França, um guarda redes que teve mais trabalho a simular lesões do que a defender os remates dos avançados leoninos.
O castigo chegou já no período de compensação com um golaço de Francisco Trincão, que arrombou o ferrolho madeirense e só foi pena que Viktor Gyökeres não tenha feito o 2-0 logo a seguir, naquela que foi a sua única oportunidade durante este jogo.
Na 2ª parte o Nacional subiu um pouco as suas linhas, mas só conseguiu rematar à baliza pela primeira vez aos 86 minutos, se é que aquilo se pode chamar remate, pelo que mais uma vez Rui Silva nem aqueceu as luvas.
Assim, o 1-0 foi-se arrastando, com o Sporting a limitar-se a controlar o seu adversário e a gerir a vantagem, o que com este resultado é sempre um risco perante equipas que estão sempre à espera de um golo caído do céu, numa bola parada ou num lance fortuito.
No fim João Simões foi premiado com o um golo que chegou tarde, mas que deu alguma justiça ao marcador e muita alegria ao menino.
Defensivamente o Sporting não teve problemas neste jogo, com um Ousmane Diomande imperial a meter no bolso as poucas ameaças nacionalistas, mas no ataque faltou capacidade de penetração pelas laterais, onde falta talento Iván Fresneda, enquanto do outro lado Maxi Araújo esteve em dia de total desinspiração.
Para além disso Daniel Bragança não é jogador para jogar mais próximo do ponta de lança, embora a sua entrada tenha permitido encostar Francisco Trincão mais à direita e dar descanso ao um esgotado Geny Catamo, que depois até entrou bem.
Assim, percebe-se o porquê do treinador do Sporting ansiar por um lateral direito e por mais um jogador para o ataque, embora se preveja que Pedro Gonçalves venha a ser o grande reforço para o que resta desta época.
Com os resultados deste fim de semana o Sporting recuperou a vantagem que tinha perdido com João Pereira, mas agora é preciso guardá-la bem frente ao Farense de Ricardo Velho e ao mesmo tempo passar à fase seguinte nas outras competições, para depois no Dragão aproveitar uma oportunidade de ouro para matar um rival, enquanto o outro está a arder sozinho. Este é o momento de afirmação da equipa que pode ser decisivo e em que não se pode falhar.
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