Na época passada não tive muita sorte pois quando decidi ver um jogo perdemos com a Oliveirense para a Taça da Liga, mas logo a seguir vi a vitória sobre o Benfica, só que quando as coisas pareciam bem encaminhadas as competições foram interrompidas.
Nesta temporada a equipa confirmou as boas indicações dadas no ano anterior, embora eu tenha voltado a falhar na escolha dos primeiros jogos que assisti que coincidiram com as derrotas na Taça FIBA, mesmo assim não desisti e fui compensado com duas conquistas na Taça de Portugal que pelo meio tiveram uma nova derrota na Taça da Liga, até que chegámos aos play-offs do Campeonato que acompanhei a partir das meias finais onde cilindrámos o Benfica.
A Final com o FC Porto foi um pouco estranha, principalmente aquele jogo no Pavilhão João Rocha onde em mais de 20 tentativas de triplos o Sporting só conseguiu concretizar 3 ou 4, sem esquecer alguns falhanços em lances livres e assim não há nenhuma equipa que consiga ganhar, mas também no 3º jogo onde no 2º período a bola parecia que não queria entrar e o Sporting só fez 10 pontos, naquela que foi a pior exibição que eu vi desta equipa.
A perder por 2-1 o 4º jogo era decisivo e aí o Sporting deu uma resposta brilhante vencendo no Dragão Caixa apesar de uma arbitragem que até um leigo como eu via que estava apostada em empurrar o FC Porto para o título. Foi aí que fiquei convencido que aqueles Leões não iam deixar escapar a vitória neste Campeonato.
O jogo decisivo foi o melhor e o mais equilibrado, mas o Sporting esteve quase sempre em vantagem no marcador, no entanto na ponta final os portistas passaram para a frente e cheguei a temer o pior, mas os Leões conseguiram empatar a poucos segundos do fim abrindo a porta para um prolongamento.
Faltavam apenas 6 segundos quando o Porto preparava a última jogada e das duas uma, ou marcavam e ganhavam, ou íamos para mais 10 minutos de luta e emoção. Só que o incrível aconteceu, o Porto atacou o cesto mas Travante Williams conseguiu um contra e a bola ressaltou para Micah Downs e foi aí que o americano Anderson fez uma falta tão estúpida quanto desnecessária a 6 décimas de segundo do apito final em pleno garrafão do Sporting, dando a oportunidade a um dos melhores lançadores leoninos para ganhar o jogo, um brinde que Micah Downs não desperdiçou.
O que se passou a seguir foi lamentável com o treinador portista aos pontapés em tudo o que lhe aparecia à frente e no meio da confusão partiram a taça e abandonaram o campo recusando-se a receber as medalhas, tudo porque consideravam que Travante Williams tinha feito falta na jogada decisiva. Seguiram-se os comunicados a falar de roubalheiras, as ameaças de abandonar a modalidade e as declarações de revolta que se prolongaram pelos dias seguintes.
Compreendo que é doloroso perder assim, mas o grande culpado foi o americano Anderson que fez aquela falta estúpida e aquele discurso de ódio não faz sentido, principalmente quando já não é feito a quente, no entanto aquilo parece que faz parte da cultura do Porto, um clube que está habituado a ganhar a qualquer preço e que nunca aceita a derrota.
Não sendo eu um profundo conhecedor desta modalidade tive curiosidade em ouvir os comentários sobre o lance decisivo dos especialistas na RTP 2 que transmitia o jogo em simultâneo com a Sporting TV e o que eles disseram foi que se tratava de um lance muito difícil de analisar. Portanto se os árbitros tivessem marcado falta seriam os Sportinguistas a protestar, principalmente depois do que sucedera no 4º jogo, mas nada disto teria acontecido se Anderson não tivesse feito aquela falta tão clara e estúpida que deu a vitória ao Sporting quando o prolongamento estava garantido e nada justifica as reações destemperadas dos portistas que espero deem origem a castigos severos. Calculo no entanto que vou ter de esperar sentado.
Para finalizar devo dizer que esta vitória do Sporting foi inteiramente justa por tudo o que esta equipa fez ao longo de dois anos, vencendo duas Taças de Portugal e a fase regular deste Campeonato, que de resto também liderava na época anterior quando a prova foi interrompida e nem as derrotas na Taça da Liga ensombram o brilhante percurso desta equipa, isto apesar da forte oposição do FC Porto, que recorde-se reforçou-se para a fase final da época com dois excelentes jogadores como Tinsley e Riley, o que não foi suficiente para superar a raça leonina deste grupo brilhantemente comandado pelo Prof. Luís Magalhães.
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