Uma vitória tranquila


 Em Paços de Ferreira Rúben Amorim optou por manter o onze que tinha eliminado o Aberdeen e, o Sporting voltou a dominar e a ganhar, com segurança, mas ainda sem brilho.

Esta equipa continua a dar a sensação de que lhe falta muita coisa, nomeadamente em termos de qualidade. A ideia de jogo está lá bem definida, mas a segurança na saída com a bola dos defesas é muito duvidosa, o meio campo é algo mole, um problema que poderá ser resolvido com João Palhinha. Na frente falta um verdadeiro avançado, pois já se viu que Andraz Sporar não caiu nas boas graças do treinador, provavelmente porque não encaixa neste estilo de jogo, e para além disso a solução Jovane Cabral no meio está longe de ser minimamente satisfatória.

No geral este jogo não foi muito complicado, embora nos primeiros 10 minutos da 2ª parte tivesse vindo ao de cima uma enervante incapacidade da equipa em ter bola e, se isto acontece com um Paços de Ferreira, imagino quando do outro lado estiver uma equipa a sério.

Felizmente desta vez apareceu o 2º golo que tinha faltado na 5ª feira e, depois tivemos a novidade da entrada de Daniel Bragança, que fez com que a equipa passasse a jogar num 3x5x2 que pode acrescentar maior solidez ao meio campo, mas que exige um jogo mais interior dos avançados. Por outro lado Bragança é um jogador fino com a bola nos pés, mas falta-lhe agressividade, ele marca só com os olhos e corre como se estivesse a pisar ovos, o que é algo que faz parte das suas características e que duvido que consiga mudar.

Garantida parece estar a posição dos dois alas e Nuno Mendes quando embala é um caso sério, sendo que do outro lado Pedro Porro está a ser uma agradável surpresa. Para além disso quando deixam Wendel pegar no jogo, a equipa anda para a frente, o pior é quando se chega à área.

Uma palavra para uma arbitragem com critérios disciplinares muito duvidosos, mas que nos ofereceu um penálti num lance em que eu até aceito que o braço aberto do defesa paçense possa ter influenciado a decisão, mas o VAR está lá é para alguma coisa e tinha de sugerir ao árbitro que fosse ver, pois tratou-se de um evidente ressalto de bola que nunca poderia dar penálti. Se fosse ao contrário estávamos todos a malhar neles.

Quinta feira vamos ter o primeiro teste mesmo a sério e confesso que não estou nada otimista. Esta equipa tem quatro ou cinco jogadores com muita qualidade, mais alguns jovens com futuro, mas o resto parece-me tudo muito curto.

Comentários