Uma boa 1ª parte

Nunca fui um entusiasta do sistema dos três defesas, pois parece-me que há outras variantes que fornecem mais soluções e um maior equilíbrio, isto para além de não ser um modelo onde encaixem os extremos, o que no caso de um Clube como o Sporting com grandes tradições na formação deste tipo de jogadores, ainda é mais complicado, no entanto Rúben Amorim é um treinador com ideias fixas e não abdica do seu 3x4x3.

Sendo assim só me resta desejar que tudo corra bem e começar a olhar com olhos de ver para esta grande aposta num treinador sem currículo e que custou 10 milhões, mas que está disposto a ir até ao fim com as suas convicções, um trabalho que parece já começa a dar alguns frutos, mesmo que isso nesta altura até possa ser mais uma questão de fé do que outra coisa qualquer.

De facto na 5ª feira o Sporting fez uma boa 1ª parte, a pressionar alto beneficiando do bom momento de Jovane que casou muito bem com Nuno Mendes, um jovem que assenta bem neste sistema de jogo, onde jogadores como Coates ou Wendel estão cada vez mais à vontade, enquanto os mais novos vão interiorizando a novidade com alguma facilidade. No lado direito é que a dupla Camacho/Plata parece ir mais devagar, mas há que dar tempo ao tempo também àqueles que são mais lentos na adaptação à nova ideia de jogo.

Frente ao Tondela não foi nada mau, apesar de na 2ª parte ter começado a faltar gasolina para este sistema fisicamente muito exigente, mas mesmo assim o jogo esteve sempre relativamente controlado, embora o adversário também não fosse muito complicado. Depois também vieram as substituições que tiraram qualidade e entrosamento, mas de qualquer forma já se vai vendo alguma coisa e estou expectante em relação aos próximos jogos, onde espero  que se confirme o crescimento da equipa.

Para não variar tivemos uma arbitragem ao nível deste Oliveira, mais um sem jeito para o apito, ainda por cima auxiliado por um Ferreira que é provavelmente o pior árbitro que eu já vi alguma vez nos nossos campeonatos, mas que lá vai aparecendo no VAR. Só assim explica que um penalti do tamanho do que foi cometido sobre Coates tenha passado em claro. Havia mais para dizer, mas neste caso nem vale a pena, até porque já a seguir vem um tal de Malheiro que é do mesmo nível. Enfim é o que temos e é com isso que teremos que viver.


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