Um triste adeus

Depois da vitória sobre o Braga a questão que se punha a Marcel Keizer era manter, ou não, o sistema utilizado com êxito no último jogo. Compreendo a opção do treinador pois se mudasse e perdesse seria arrasado, mas mesmo sabendo que estou a jogar ao totobola na 2ª feira, tenho de dizer que na minha opinião esta não foi a melhor opção.

O Villarreal voltou a jogar com três avançados muito por dentro, o que deixou os defesas do Sporting muitas vezes no 1x1 e obrigou os alas a recuar. Para além disso nunca percebi bem o posicionamento de Bruno Fernandes a descair muitas vezes para a esquerda e verdade é que o Sporting nunca se entendeu com a pressão alta dos espanhóis, de tal forma que na 1ª parte a bola nem chegava lá à frente, o que para uma equipa que precisava de marcar era no mínimo preocupante.

Eis que em cima do intervalo surge um inesperado brinde que Bruno Fernandes aproveitou da melhor maneira, de tal forma que a eliminatória ficou novamente em aberto e o Sporting regressou para a 2ª parte com outro ânimo.

Só que Jefferson resolveu imitar Marcos Acuña e foi expulso de uma forma perfeitamente escusada. É verdade que o primeiro amarelo foi excessivo, principalmente atendendo ao critério utilizado pelo árbitro em relação aos espanhóis, mas tendo já um cartão o brasileiro tinha de ter cuidado e aquele pisão até poderia dar vermelho directo.

Com dez o Sporting passou a jogar em 4x4x0, pois a verdade é que Bas Dost não tem raça nem velocidade para jogar sozinho na frente, daí que eu não tenha percebido porque é que Marcel Keizer não refrescou a equipa, metendo na frente um jogador com outras características.

O Sporting recuou muito, defendeu como pôde e acabou mesmo por sofrer o golo da ordem, onde mais uma vez se percebeu que talvez o nosso melhor lateral direito seja o dos sub-23.

Mas o futebol é cheio de coisas ilógicas e no último instante Bas Dost poderia ter dado razão ao seu treinador, era só meter aquela bola na baliza e a conversa seria outra, mas não foi.

Todos sabemos que as arbitragens à moda da UEFA são o que são, mas desta vez a culpa foi principalmente do  Jefferson e também do Marcos Acuña, que se não tivesse sido expulso em Alvalade tinha jogado em Villarreal, no entanto a verdade é que se a fortuna nos tivesse bafejado naquele último instante, tal como já tinha acontecido no final da 1ª parte, teria sido uma grande injustiça para os espanhóis, que foram claramente a melhor equipa desta eliminatória, na qual o Sporting deixou uma triste imagem.

Resta-nos a meia final da Taça de Portugal e o ataque ao 3º lugar, cujo próximo episódio é já 2ª feira num palco que nos trás memórias recentes bem tristes.

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