Um penalti para arrombar o ferrolho

Na ante-visão ao jogo de 6ª feira passada, José Couceiro prometeu que a sua equipa ia a Alvalade para marcar golos, pois segundo ele quem joga ali para o zero a zero, perde. Promessas bonitas mas que não se concretizaram, pois o Vitória jogou à antiga portuguesa, com 9 homens fechados lá atrás e Edinho à espera que lhe caísse do céu uma oportunidade, de tal forma que a única jogada de relativo perigo junto à baliza do Sporting, resultou de uma má abordagem de Rui Patrício a um cruzamento. De resto nem sequer tentaram e sendo assim perderam, tal como Couceiro tinha previsto.

No final do jogo o treinador vitoriano justificou a postura da sua equipa com o mérito do Sporting, mas não deixou de elogiar o desempenho defensivo do Vitória. É verdade que o Sporting parece estar melhor em termos defensivos e pelo menos nestes dois primeiros jogos não deu muitas abébias aos seus adversários, mas estes também pouco mais fizeram do que defender. A teoria do Couceiro só vai passar à prática quando os empates sem golos corresponderem a zero pontos. Até lá podemos ter conversas bonitas, mas depois é o ferrolho do costume.

Apesar do tal bom desempenho defensivo do Vitória, o Sporting criou 5 ou 6 boas oportunidades de golo, o que normalmente dá para ganhar, mas desta vez quase que não dava, pois faltou eficácia na finalização e no último passe.

Com William Carvalho de malas feitas para Inglaterra, Jorge Jesus optou pela dupla Rodrigo Battaglia/Adrien Silva e deixou Bruno Fernandes no banco, mas foi com a entrada deste e de Seydou Doumbia, que o jogo mudou e a pressão na área do Vitória aumentou, no entanto a bola parecia que não queria entrar e há jogos assim, mas no fim Bruno Paixão foi amigo. Parece incrível, mas é verdade. Depois da milagrosa subida ao lote dos cabeças de serie, do sorteio da Liga dos Campeões, sai-nos mais esta. O bruxo está de férias ou alguma coisa está a mudar.

O Sporting ganhou com um penalti duvidoso a 5 minutos do fim do jogo e lá desataram a atirar pedras ao VAR, pois teimam em não perceber que aquela ferramenta é para ser utilizada apenas em casos que não ofereçam qualquer dúvida. No lance em questão há um contacto que Bas Dost aproveitou para forçar a queda, levando o Paixão pela certa. O VAR só poderia intervir se não tivesse havido contacto nenhum. Assim prevaleceu a interpretação de um árbitro que se fartou de marcar faltas ofensivas que ninguém viu, em cantos e livres, mas deixou passar um empurrão ao Sebastián Coates, esse sim que me pareceu passível da marcação de um penalti. Incoerências à moda do Paixão e assim não há VAR que nos valha.

Jorge Jesus deve ser o único sportinguista que gosta daquele que na minha opinião é um dos piores árbitros de que eu me lembro, de tal forma que mesmo com toda a sua experiência acumulada continua a dar barracas, mas lá se vai mantendo na 1ª categoria. Enfim...um dia há-de ser jubilado como o Rola.

Valeram os 3 pontos, porque estes jogos tem de se ganhar e como se costuma dizer, são neles que se ganham os campeonatos.




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