O que é que correu mal? 1) Outra vez a política de contratações

Em Setembro passado eu escrevi aqui que o Sporting tinha finalmente um plantel equilibrado, com um banco à altura dos titulares e com muitas opções, principalmente do meio campo para a frente. De facto jogadores como EliasJoel CampbellLazar MarkovicAlan Ruiz e Bas Dost e mesmo Luc Castaignos ou André, pareciam ser elementos capazes de acrescentar valor à equipa, ou pelo menos ao banco e na altura não vi ninguém a pôr em causa o forte investimento que foi feito para que o grupo pudesse enfrentar uma época que tinha a exigência acrescida resultante da participação na Liga dos Campeões.

Mas quase um ano depois ninguém pode negar que a politica de contratações voltou a ser um fracasso quase total e continua a ser o ponto fraco do consulado de Bruno de Carvalho, mesmo que desta vez as responsabilidades tenham de ser divididas com Jorge Jesus.

Dos jogadores contratados apenas Bas Dost correspondeu em absoluto ao que dele se esperava, conseguindo superar com distinção a difícil tarefa de fazer esquecer Islam Slimani. Depois temos Alan Ruiz que levou muito tempo a entrar no ritmo e acabou lesionado, sendo um jogador que ainda terá de confirmar algumas das boas indicações que deu. Tem bons pés e um remate forte, mas falta-lhe alguma intensidade. Vamos a ver o que faz na próxima época.

O resto ou foi despachado na reabertura do mercado, ou está agora na casa de partida à espera de colocação, sobrando Beto que é um bom suplente.

Em resumo as segundas linhas voltaram a falhar e o Sporting continuou a ter um plantel desequilibrado, com a agravante de alguns dos seus jogadores chave, nomeadamente aqueles que vieram com a fama e o proveito de serem Campeões da Europa, terem baixado de rendimento, pelo que desta vez nem um onze à altura se conseguiu formar.

Passou-se do 8 com Marco Silva, ao 80 com Jorge Jesus e continuou-se a falhar nas contratações. E lá vou eu voltar à minha velha ideia do Director Técnico.

Entretanto perante os fracos resultados, em Janeiro o Presidente determinou o emagrecimento do grupo e o regresso de alguns jovens emprestados, dentre os quais se destacou Daniel Podence, mas o treinador lá foi avisando que só com a formação não se chega lá.

A construção do plantel para 2017/18 será  um desafio aliciante para os dois homens fortes do futebol leonino.

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