A vassoura e o cheque

Cocluída mais uma temporada abaixo do razoável, é chegada a altura de se fazer um balanço, com perspectiva para a época que aí vem.

Mais uma vez as grandes figuras desta triste época foram a prata da casa, com Rui Patrício em grande destaque, confirmando a sua constante evolução e pondo a nu a ignorância de muitos adeptos que tudo fizeram para o destruir, e a estupidez de quem gastou uma fortuna num guarda-redes mediano, ainda por cima para uma das poucas posições onde estávamos bem servidos. Infelizmente não tardará muito que o venham buscar, mas aí ele já vai se bom. Espero no entanto que fique mais duas ou três épocas, porque daí para a frente vai ser dificil segurá-lo.

Depois tivemos um André Santos que na sua primeira temporada em Alvalade contabilizou 42 jogos, confirmando-se como um valor seguro nesta equipa, onde pode desempenhar várias posições no meio-campo e tem lugar seguro nos próximos tempos.

Daí para a frente restou muito pouco. Matias Fernandez e Yannick Djaló libertaram-se quando Couceiro os pôs nos lugares certos, João Pereira confirmou-se como um valor seguro, apesar de ainda não ter percebido que agora joga no Sporting, Postiga foi o melhor marcador da equipa, mas 12 golos em 43 jogos continua a ser pouco, e a Izmailov bastaram 3 jogos para se evidenciar, mas resta saber se o seu joelho está mesmo recuperado.

Para além destes, estão no lote dos que merecem uma nova oportunidade: Evaldo, Zapater e Valdés que não convenceram, mas numa equipa mais coesa podem melhorar e ser uteis e Carriço que não evoluiu aquilo que se esperava dele, e que necessita urgentemente de um parceiro mais experiente que o ajude a crescer, e lhe dê tranquilidade, retirando-lhe responsabilidades para as quais ainda não está preparado.

Sobram ainda os experientes Tiago e Pedro Mendes, o primeiro que é um bom suplente, o outro que se estiver em boas condições fisicas é um jogador de inegavel qualidade, e o jovem Salomão que talvez precise de ser emprestado, tal como o miúdo Cedric, que esteve uma época quase sem jogar, mas parece ter muito potencial.

Quanto ao resto Hildebrand, Tales e Cristiano nunca deviam ter sido contratados, mas são problemas resolvidos, tal como Abel que merecia ter acabado de outra forma.

Vukcevic é um caso perdido, restando-nos rezar para que apareça algum tonto disposto a pagar alguma coisa por ele, para compensar o investimento.

Polga e Maniche são mais dois para se juntarem a Caneira na brigado de reumatico, paga a peso de ouro e que vão custar uma pipa de massa para irem embora.

Saleiro, Grimi, Nuno André Coelho e Torsiglieri parecem não ter qualidade suficiente para uma equipa como o Sporting, mas à excepção do avançado foram investimentos que convinha recuperar, pelo menos em parte.

Ou seja de 26 jogadores aproveita-se quanto muito metade, e há uma serie de casos bicudos para resolver, sem esquecer os que já estão emprestados, como o Pongolle. É caso para dizer que razão tinha o Luís Duque, quando falou da vassoura e do cheque.

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