Muito futebol e poucos golos

 


O Sporting ganhou por 3-0 ao Moreirense num jogo em que quem quiser olhar para o copo meio vazio dirá que o resultado não reflete as dificuldades que a equipa teve até conseguir o primeiro golo, que só chegou aos 76m, mas quem como eu preferir ver o copo meio cheio, poderá simplesmente dizer que o resultado final até é curto para a superioridade evidenciada pela equipa ao longo de todo o jogo, que já poderia e deveria estar resolvido ao intervalo, o que só não aconteceu devido à grande exibição do guarda redes André Ferreira e à já cansativa falta de eficácia dos avançados leoninos, o que também não deixa de ser um conceito contraditório, atendendo ao facto de estarmos a falar do melhor ataque do campeonato, com uma média de 3 golos por jogo.

É verdade que a bola demorou a entrar na baliza e que o Moreirense mostrou qualidade sempre que conseguiu tê-la, mesmo que nunca tenha incomodado verdadeiramente João Virgínia, mas mesmo assim o volume de jogo ofensivo do Sporting continua a ser impressionante, embora em termos de eficácia ainda haja uma grande margem para melhorar, o que diz tudo sobre a qualidade do futebol que esta equipa está a mostrar, pois já vai com 22 golos marcados em 8 jogos e apesar disso toda a gente exige mais.

Decididamente falta a Rui Borges aquele encanto que Amorim tinha e, sendo assim há sempre reservas em relação a ele, mesmo quando ganha com números e exibições esclarecedoras. Talvez lhe falte impor o seu "tiki-taska" nos jogos de maior grau de dificuldade, para que o seu colete passe a ser moda.

Por mim, estou a gostar, e com o regresso de alguns ausentes, que neste jogo já se fez sentir, a equipa ainda pode melhorar, pois o plantel é muito equilibrado e está cada vez mais adaptado ao novo modelo de jogo. Quem sabe se Rui Borges fica na história do futebol português como o engraçado taberneiro de Mirandela, apesar de ainda não ter caído em graça.



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