Mais uma taça oferecida


O Sporting voltou a perder a Supertaça e, tal como na época passada ficou a sensação de que o troféu mais do que perdido foi oferecido, desta vez por obra e desgraça de um grande frango de Rui Silva.

Até aí o Benfica não tinha feito nenhum remate à baliza e o Sporting estava a controlar o jogo e a conseguir algumas vezes ultrapassar a tentativa de pressão alta dos encarnados, o que resultou em várias situações de perigo junto à baliza de Trubin, uma das quais só não resultou em golo devido a um fora de jogo de 28 centímetros.

O Sporting sentiu o golo e como de costume Rui Borges levou muito tempo a reagir e quando o fez já era evidente o desgaste físico de alguns jogadores, o que se compreende nesta altura da época.

No fim o treinador leonino afirmou que este tinha sido o melhor dos cinco jogos que disputou contra o Benfica, enquanto treinador do Sporting, um claro exagero, embora me pareça que este terá sido o pior Benfica que Rui Borges encontrou pela frente, o que até é compreensível, pois os encarnados ainda só tem duas semanas de trabalho e apresentaram algumas novidades no seu onze, principalmente no meio campo, por isso o Sporting desta vez esteve quase sempre por cima do jogo, enquanto na época passada houve muito equilíbrio nos jogos do Campeonato e da Taça da Liga e alguma supremacia do Benfica na Final da Taça de Portugal. O que é preocupante é que apesar de estar perante o pior Benfica, o Sporting não tenha conseguido ganhar.

Mesmo assim poderemos dizer que este terá sido o melhor jogo desta pré época, no qual o Sporting já revelou algumas melhorias no seu novo modelo de jogo, onde a equipa defende algumas vezes a 5 e outras a 4 e sai a jogar a 3 ou a 4, com os alas a subirem e um dos médios a recuar.

Na frente os avançados interiores recuam à procura das tabelas para criarem desequilíbrios para a subida dos alas e com uma equipa subida como foi o Benfica, conseguiram-no várias vezes, o problema é que Conrad Harder não é ponta de lança para este tipo de jogo, pois não sabe jogar de costas para a baliza e falta-lhe  aquele instinto que permite aos matadores estarem sempre no lugar certo. 

É cedo para se avaliar Luis Suárez que teve um ou outro pormenor interessante na meia hora em que jogou, mas como é natural ainda lhe falta entrosamento com a equipa, coisa que só virá com o tempo. Vamos a ver como suportará a pressão das comparações com Gyokeres.

Agora resta saber como é que este Sporting se vai apresentar contra as equipinhas do futebol português, que jogam fechadas lá atrás, sempre à espreita do contra ataque. Rio Maior é já sexta feira.



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