Depois da derrota com o Celtic o Sporting encerrou o estágio no Algarve com uma vitória por 1-0 sobre o Sunderland, num jogo onde Rui Borges mostrou que afinal não está assim tão seguro em relação à mudança para um novo modelo mais de acordo com as suas ideias e voltou ao 3x4x3 dos últimos anos, embora com a variante de que defensivamente a equipa passava para o 4x4x2, com a ala esquerda a recuar no terreno, enquanto Francisco Trincão fechava mais ao meio, algo que Amorim já tinha ensaiado há um ano atrás quando esperava e desesperava por Ioannidis, da mesma forma que agora falta chegar o novo ponta de lança.
Parece-me pois que o treinador leonino está a tentar encontrar um equilíbrio que lhe permita mudar de sistema durante o jogo, beneficiando da polivalência de vários dos seus jogadores, ou então já percebeu que enquanto o plantel não estiver completo não pode dar o tal salto que parece querer dar, com todos os riscos que resultam de um corte com um passado recente repleto de sucessos. Aguardemos pelo próximo jogo que já será um ensaio geral para a Supertaça, para que possamos perceber melhor as intenções de Rui Borges.
Para já há que dizer que a 1ª parte deste jogo foi muito pobre, pois enquanto os ingleses apresentaram a sua melhor equipa e tiveram força para pressionar, o Sporting nunca se entendeu, apesar de ter chegado à vantagem num lance em que a defesa subida do Sunderland falhou.
Na 2ª parte a equipa melhorou e até já deu algumas indicações de estar a crescer em termos físicos, mas com Pedro Gonçalves completamente fora dela, jogámos com 10, o que acabou por obrigar Conrad Harder e Matheus Reis a correr a dobrar, porque já se sabe que Francisco Trincão também não é de grandes correrias.
De positivo há a assinalar a boa exibição de Rui Silva, que segurou o resultado na 1ª parte com um par de boas defesas e o excelente desempenho de Zeno Debast na posição de central do meio, isto sem esquecer a boa entrada de Rayan Lucas, que realmente tem um caparro impressionante.
Ao nível do jogo estiveram os comentários do Inácio, que levou para aí 15 minutos até perceber que o Sporting não estava a jogar da mesma forma que tinha jogado com o Celtic, de tal forma que eu cheguei a pensar que ele não estava a ver o mesmo jogo do que eu. Esperemos é que o Rui Borges consiga ver bem os jogos e encontrar as melhores soluções para este Sporting sem Gyokeres.
Excelente crónica e análise
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