A "dobradinha"


Desta vez não arranjei bilhete para o Jamor pelo que teve de ser no sofá acompanhado por alguns amigos. Não é a mesma coisa mas a "dobradinha" soube muito bem, até porque teve a marca daquilo que é o novo Sporting que nunca desiste e não verga.

Enquanto o Benfica sob o comando do génio da preparação dos grandes jogos estudava profundamente o seu adversário, para salvar uma época que já tresandava a fracasso, o Sporting, depois de uma semana com muitas festas e entrevistas para todos os gostos, apareceu com algumas dificuldades para desencaixar das variantes táticas introduzidas por Lage, pelo que a chegada do intervalo foi encarada com algum alívio.

Mas o recomeço trouxe o golo que lhes faltara na 1ª parte e depois valeu-nos o VAR, esse maldito instrumento que tantos títulos nos tem dado desde que foi implementado, pelo que se não existisse seguramente estaríamos agora aqui a chorar a marcação de um penálti inexistente e precedido de um fora de jogo e um golo marcado depois de uma falta clara.

Foi aí que rebentou o balão que Bruma apressadamente encheu para uma festa que afinal não foi dele. Mais uma vez as substituições desmentiram a ideia dezenas de vezes repetida de que o plantel deles é melhor do que o nosso, uma teoria que passou por cima de uma onda de lesões que abalou este Sporting, mas que na altura das grandes decisões se afundou outra vez, como o demonstra o facto de Renato Sanches ter sido réu, enquanto Conrad Harder foi o homem do jogo.

Este é um novo Sporting em que todos acreditamos, de tal forma que ninguém arredou pé até ao momento em que Viktor Gyökeres fez os estragos do costume, naquilo que também acabou por ser um merecido castigo para exagerado antijogo praticado pelo Benfica, que morreu no tempo de compensação das sucessivas e exageradas fitas dos seus jogadores, que segundo alguns especialistas só falharam porque não abateram o sueco antes dele entrar na área.

Acho que se percebeu aí que o Sporting ia ganhar e o prolongamento foi pintado de verde e branco, acabando em festa que foi manchada pelo mau perder benfiquista.

Em relação ao caso do jogo, o meu comentário fica para depois, mas ainda bem que em Portugal não há pena de morte.



Comentários