Vantagem perdida


O Sporting empatou com o Braga e perdeu a vantagem que ainda tinha e que lhe dava a liderança à condição, num jogo em que mais uma vez faltou à equipa instinto matador e no futebol já se sabe que quem não mata morre.

Na conferência de imprensa pós jogo Rui Borges disse que nenhuma equipa consegue pressionar durante o jogo todo, o que não deixando de ser verdade, não explica porque é que a equipa depois de uma entrada de Leão que lhe valeu a merecida vantagem, pura e simplesmente parou depois do golo, baixando excessivamente o ritmo do jogo e deixando o Braga ir acreditando, o que à beira do intervalo permitiu a Salazar o único remate que incomodou .

No início da 2ª parte as coisas ainda pioraram, com Zeno Debast a dar um verdadeiro estouro e Eduardo Felicíssimo a mostrar que ainda não está pronto, mas mesmo assim o máximo que o Braga conseguiu foi ter mais bola e criar uma confusão na pequena área leonina.

Depois o Sporting acertou e o jogo parecia controlado, mas aí deu-se início a mais uma sessão de desperdício e no fim na única verdadeira oportunidade criada pelos bracarenses ficou toda a gente a olhar para o Patrão.

Foi um empate amargo e injusto, mas como Carvalhal disse no fim, no futebol não há justiça, há golos e, nesse capitulo o Sporting anda a falhar muito.

Rui Borges tem razão quando se queixa da falta de opções para o meio campo, onde faltou quem tivesse capacidade e maturidade para segurar a bola, mas mesmo tendo também alguma razão em relação a Conrad Harder, aquilo não se diz e pode deixar marcas no rapaz. Fica a sensação que o treinador do Sporting está a sentir o chão a faltar-lhe e pela primeira vez mostrou-se algo incomodado com as perguntas que lhe fizeram.

Pior mesmo só o já habitual festival de pirotecnia, o que me leva a perguntar porque é que as autoridades não fazem nada.

Agora só nos resta um caminho, ganhar os quatro jogos que faltam até ao "derby" e ir à Luz mostrar quem é o Campeão.

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