Cumprir calendário


O Sporting selou a sua presença na Final da Taça de Portugal com uma vitória tranquila em Paços de Ferreira, num jogo disputado a um ritmo baixo, que só serviu para cumprir calendário, até porque os Leões marcaram cedo, esvaziando logo ali as já parcas hipóteses do Rio Ave.

Está mais do que visto que esta ideia das meias finais da Taça se disputarem a duas mãos não faz sentido, principalmente porque atraiçoa o espírito da competição, dificultando a vida aos tão elogiados "tomba gigantes", pois se eliminar um grande num só jogo já é difícil, em dois torna-se muito mais complicado, resultando daí jogos sem interesse como foi o de ontem, que só serviu para ajudar Pedro Gonçalves a recuperar ritmo e para dar minutos a jogadores pouco utilizados como Biel ou Ricardo Esgaio.

De facto deu para tudo, até para substituir Viktor Gyökeres e acabar com Iván Fresneda a central, Maxi Araújo na ala direita e Ricardo Esgaio no meio campo. Tudo isto sempre numa espécie de treino em competição. Vá lá que não houve lesões, nem castigos, mas mesmo assim o pior do jogo foi um árbitro que de tão mau que é, não se percebe como terá chegado à 1ª categoria.

29 anos depois da fatídica "final do very-ligth", Sporting e Benfica voltam a encontrar-se no Jamor, num evento que tem tudo para dar para o torto, principalmente porque se sabe que as claques benfiquistas continuam impunemente a festejar o assassinado de um adepto comum, que morreu devido à irracionalidade de grupos aos quais foram dados poderes que tornaram perigoso ir ao futebol. 

Juntar dois agrupamentos de marginais que se odeiam, numa mata onde a cerveja jorra por tudo quanto é lado, ainda por cima uma semana depois do fim de um campeonato que tudo indica vai ser resolvido ao sprint entre os dois clubes desses mesmos "adeptos", será o mesmo que sobreaquecer um barril de pólvora. Oxalá corra bem!


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