Já aqui tinha referido que na Final da Taça da Liga o Sporting fizera a sua melhor exibição desde a chegada de Rui Borges, um progresso agora confirmado em Vila do Conde, onde foi possível ver que os jogadores já começam a assimilar as ideias do novo treinador. Os bons jogadores jogam em qualquer sistema e o Sporting tem muitos e bons jogadores, pelo que é natural esta evolução para melhor, que se espera seja confirmada nos próximos jogos.
Em Vila do Conde Rui Borges introduziu algumas alterações, que no geral funcionaram muito bem e se em relação à estreia de Rui Silva não haverá nada a dizer, pois ele quase nem tocou na bola, já no que diz respeito à presença de Zeno Debast no meio campo, há que referir que correu muito bem, pois o belga acrescenta qualidade de passe naquele lugar e para além disso apareceu como terceiro defesa quando a equipa saiu a construir desde trás, coisa que não aconteceu muitas vezes, pois o Sporting esteve quase sempre instalado no meio campo adversário. Mas pareceu-me uma opção a manter e aprimorar.
O regresso de Gonçalo Inácio também trouxe mais qualidade na saída de bola e nos passes longos, enquanto Maxi Araújo parece cada vez mais seguro na posição de lateral esquerdo, o mesmo se podendo dizer em relação a Iván Fresneda do outro lado, mesmo que lhe falte vertigem ofensiva.
Na frente, Conrad Harder partiu a defesa do Rio Ave toda, e só não fez esquecer Viktor Gyökeres porque não foi feliz na hora do remate, desperdiçando uma meia dúzia de ocasiões ao optar sempre por remates em força, falhando na colocação. Um pormenor que seguramente irá trabalhar e evoluir, pois estamos a falar de um menino com 19 anos.
Foi pois uma exibição muito segura, à qual só faltou o terceiro golo mais cedo, para se chegar à merecida goleada, valendo para isso também a boa exibição do guarda redes polaco Cesary Miszta.
Agora há que confirmar esta evolução e aprimorar o novo modelo de jogo, numa altura em que o grupo parece já ter percebido que há vida para além de Amorim, pelo que de Leipzig ao Dragão termos cinco jogos que poderão recuperar definitivamente os níveis de confiança da equipa e recolocá-la no rumo certo. Ainda não chegámos lá, mas os indicadores são positivos.
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