O Sporting ganhou por 4-1 ao City, num jogo onde eu cheguei a temer a repetição da goleada de há três anos atrás, para depois acabar a pedir de forma exultante a devolução dos 5 golos dessa triste noite de Fevereiro de 2022.
Um golo consentido logo a abrir deixou a equipa intranquila, nervosa e incapaz de contrariar uma entrada muito pressionante de um Manchester a jogar com uma intensidade acima daquilo a que estamos habituados a ver no futebol português e recheado de jogadores de top.
O Sporting tremeu por todos os lados, valendo então o desacerto de Haaland, o penálti que o árbitro perdoou e algumas defesas de Franco Israel, que diga-se também foi dos que mais sentiu o peso do jogo nos primeiros minutos, embora depois tenha começado a ganhar confiança para acabar muito bem.
Nessa 1ª parte o Sporting quase não jogou, limitando-se a defender como podia e a mandar bolas para a frente, à espera que Viktor Gyökeres resolvesse, e à segunda oportunidade ele empatou, depois de ter desperdiçado uma ainda melhor, quando tentou fazer aquilo que não sabe.
É bom dizer-se que esse lance é inadmissível para uma equipa como o City, pois o sueco arrancou completamente isolado para aí uns 10 metros antes da linha do meio campo, isto aos 8 minutos de jogo e com os ingleses já em vantagem. Nem nos regionais se admite uma coisa assim.
Chegámos pois ao intervalo com um empate lisonjeiro para o Sporting, que apesar de tudo conseguira sobreviver ao sufoco a que foi sujeito, que se traduzia em 71% de posse de bola, 12 remates contra 3 e 9 cantos contra nenhum.
Quando eu esperava que o tetracampeão de Inglaterra voltasse a entrar com tudo, foi o Sporting que em poucos minutos chegou ao 3-1, sempre a aproveitar as debilidades da defesa inglesa. Ainda faltava muito jogo mas a partir daí o ascendente anímico mudou de campo e quando Haaland nem de penálti conseguiu marcar, percebeu-se que o jogo estava resolvido e no fim ainda houve tempo para Viktor Gyökeres fechar o seu "hat-trick", faltando apenas o tal 5º golo pelo qual eu suspirei.
Não poderia ter sido uma despedida melhor para o ENORME Rúben Amorim, que deixa o Sporting num dos lugares que dá acesso direto aos oitavos de final da Liga dos Campeões e praticamente qualificado para a eliminatória de apuramento para essa fase. Resta agora ganhar em Braga para passar o testemunho quase sem mácula.
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