O Sporting ganhou ao Benfica por 2-1 na 1ª mão da meias finais da Taça de Portugal, num jogo onde os Leões poderiam ter goleado mas acabaram com as calças na mão.
No geral a imprensa reconhece que o Sporting foi imensamente superior na 1ª parte e os números desse período são de facto esmagadores: 30 ataques e 10 remates dos Leões, contra 3 e 1 das águias, mas a verdade é que esse domínio imposto pela superioridade evidente de uma equipa em relação à outra, não se traduziu em oportunidades claras de golo, embora consubstanciasse a vulgarização de uma equipa aos pés da outra, o que é tão mais significativo pelo facto do Sporting se ter adiantado no marcador logo aos 8 minutos, o que revela uma confrangedora incapacidade de reação do Benfica.
Depois do intervalo o treinador alemão mudou os laterais e subiu as suas linhas para pressionar mais alto e mesmo que essas opções tenham empurrado o jogo para o meio campo leonino, a verdade é que se abriram verdadeiras crateras nas costas da defesa encarnada, o que para um avançado como Viktor Gyökeres é mel na sopa.
Foi assim que surgiu o 2-0 e mesmo atacando menos o Sporting só não fez mais golos porque os avançados leoninos teimaram em decidir mal no momento do último passe, ou do remate, quando muitas vezes o mais fácil era marcar.
O golo do Benfica, na primeira vez em que os encarnados conseguiram chegar com perigo à baliza de Franco Israel, teve um efeito de choque na equipa do Sporting, que de repente se sentiu acossada pelos fantasmas do passado recente, com a agravante de começarem a faltar as pernas e de no banco não haver grandes alternativas, principalmente para a dupla do meio campo que até aí tinha sido completamente arrasadora.
Depois do susto do golo bem anulado a Di Maria, o Sporting voltou a estabilizar e só foi pena que o posicionamento de Paulinho tivesse anulado o golo de Nuno Santos que era mais do que merecido, pelo que esta vitória sabe a pouco e deixa tudo em aberto para o jogo da 2ª mão.
A próxima jornada é muito importante e será seguramente um teste relevante para algumas das segundas linhas que vão ter de avançar, ao mesmo tempo que jogadores como Paulinho e Jeremiah St. Juste estão a regressar. Aguardemos pelas respostas, mas o desgaste é evidente e até à paragem para as seleções vai ser sempre a abrir.
Comentários
Enviar um comentário