No entanto parece que o treinador do Braga acreditava mesmo naquilo que estava a dizer e não percebeu que o que tinha acontecido naquele dia tinha sido um milagre irrepetível, pelo que agora em Alvalade resolveu apostar na mesma estratégia, só que desta vez a bola não só não bateu nos ferros, como entrou muito cedo na baliza de Matheus, pelo que aos 18m o marcador já estava em 2-0, um resultado que até poderia ter engordado na 1ª parte, perante a total incapacidade de reação de um Braga metido na sua área, quase só formatado para travar Viktor Gyökeres.
Depois do intervalo o Sp. Braga subiu as suas linhas e deu um ar da sua graça, chegando mesmo a ter duas boas oportunidades para reentrar na discussão do jogo, num período em que o Sporting demorou a acertar na saída para o contra ataque, de forma a aproveitar os espaços concedidos por uma defesa que já de si não é grande coisa.
O terceiro golo marcado por um Viktor Gyökeres que nem esteve nos seus melhores dias, matou o jogo e, dali para a frente os Leões aproveitaram para encherem a barriga de golos, num verdadeiro banquete que poderia ter atingido números escandalosos.
Este Sporting está realmente a atravessar um grande momento do forma e até não deixa de ser curioso que uma equipa que eu há não muito tempo atrás acusava de ser perdulária e de não ter instinto matador, já vá com 92 golos marcados em 33 jogos disputados nesta época, o que é revelador da qualidade e da quantidade do futebol ofensivo praticado pelos Leões.
Resolvido o problema do ataque, falta melhorar na defesa, principalmente na questão do jogo aéreo muitas vezes resultante das bolas paradas, mas o mais importante é manter este apetite voraz pelas balizas adversárias e aproveitar a embalagem deste momento em que a equipa transpira confiança por todos os lados.
Nenhuma equipa consegue manter-se no pico de forma durante toda a época e o desgaste dos jogos consecutivos vai inevitavelmente fazer-se sentir, até porque o plantel não é muito extenso, mas estas vitórias se digeridas com habilidade e inteligência, são um tónico fortíssimo e nisso Rúben Amorim é mestre, pelo que os Sportinguistas sentem e acreditam que esta equipa é capaz de chegar lá, desde que todos percebam que isto não vai ser sempre a golear e que outros obstáculos irão surgir.
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