O ketchup bateu nos ferros


O Sporting tinha marcado 19 golos nos últimos 5 jogos, mas em Leiria a equipa ficou pela primeira vez em branco, num jogo que foi uma verdadeira ode ao desperdício, misturada com algum azar, com três bolas nos ferros, entre um sem numero de boas oportunidades falhadas, que teriam sido mais do que suficientes para assegurar uma vitória tranquila.

Pode-se dizer que o Sporting vulgarizou por completo um Braga que se apresentou a jogar como uma equipa pequena, com 11 jogadores atrás da linha da bola e o guarda redes a queimar tempo desde o início da partida, parecendo estar já a jogar para os penáltis.

Se não foi a melhor, estava pelo menos a ser umas das exibições mais conseguidas dos Leões nesta época, que no entanto só durou até aos 65m, altura em que o Braga marcou na primeira vez que chegou à baliza leonina, num lance onde Gonçalo Inácio perdeu a bola a meio campo e Ricardo Esgaio ficou a marcar com os olhos, embora também me pareça que aquele remate feliz, meio com o ombro, meio com a cabeça, não foi assim tão forte que um guarda redes de clube grande não pudesse defender.

Rúben Amorim reagiu de imediato, mas as alterações não resultaram. Francisco Trincão estava a jogar bem e na ala desapareceu, enquanto Paulinho e Daniel Bragança nada acrescentaram. A equipa sentiu muito o golo e o Braga teve mesmo duas boas oportunidades para fazer o 2-0, o que teria sido uma imensa falsidade, mas o futebol é assim mesmo, ganha quem marca.

Esta foi uma daquelas derrotas que mói mas não mata e agora quem tem de pagar as favas é o Casa Pia. Basta continuar a jogar assim que a bola não vai bater sempre nos ferros, embora este problema da falta de eficácia não seja de ontem. De qualquer forma há que seguir em frente, porque esta já foi.


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