Até que enfim


Finalmente o Sporting conseguiu proporcionar uma noite tranquila aos seus adeptos ao golear o Estoril, mas mesmo que em vez de 5 pudessem ter sido 7 ou 8, nem tudo foi perfeito.

O Estoril apresentou-se em Alvalade num 5x4x1, não tão curto como o 6x4 do Portimonense da jornada anterior, mas a ideia era a mesma: retardar ao máximo o golo do Sporting e sair no contra ataque só pelo seguro. Não funcionou porque desta vez a bola entrou, e entrou nos momentos certos, com um Viktor Gyökeres completamente demolidor e um Marcus Edwards em noite sim, pelo que o jogo estava resolvido aos 51 minutos.

Depois deu para relaxar um bocadinho, mas mesmo assim o desperdício foi grande, numa fase em que o Estoril se abriu, dando espaço para que os avançados leoninos se deliciassem no contra ataque, com Francisco Trincão a entrar muito bem, mas a equipa a perder-se um bocadinho na ânsia de dar um golo ao seu ponta de lança, que também me pareceu demasiado obcecado por esse objetivo.

Do que não gostei muito foi da dupla do meio campo, mas no final Rúben Amorim justificou as exibições menos conseguidas de Daniel Bragança e Morten Hjulmand, com o facto de ambos terem estado doentes. Principalmente o dinamarquês foi uma sombra de si mesmo, o que tornou aquela zona do terreno num passadouro, pelo que a entrada de Dário Essugo me pareceu tardia.

No final lá levámos o golo do costume, da forma do costume, ou seja na sequência de uma bola parada. É verdade que o Eduardo Quaresma não é muito alto e que Sebastián Coates faz muita falta nestes lances, de tal forma que desta vez o Sporting optou algumas vezes pelos cantos curtos, mas já são muitos golos sofridos da mesma maneira e quase nenhuns marcados dessa forma. É um ponto a rever e corrigir.

Está ultrapassado o primeiro obstáculo deste mês. Segue-se a Taça, provavelmente já com o Capitão e depois duas importantes deslocações ao norte, a anteceder o jogo com o Braga para a Taça da  Liga. Vamos a ver como é que Rúben Amorim consegue manter esta embalagem e ao mesmo tempo gerir as limitações do plantel. Para já está a correr bem, esperemos que não haja mais impedimentos e que os ausentes regressem sãos e salvos.

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