Aí as bolas paradas

Com muitas ausências na defesa, Rúben Amorim optou por jogar com Luís Neto no lado direito e começou o jogo logo com dois alas de características ofensivas, o que não é habitual acontecer, isto para além de ter recuado Pedro Gonçalves para o meio campo, jogando com dois pontas de lança na frente, uma equipa marcadamente ofensiva, provavelmente já a contar com o habitual ferrolho de Paulo Sérgio, que se apresentou numa espécie de 10-0, tal a proximidade das linhas da sua equipa, que se aglomeravam á frente da baliza de Vinícius.

O resultado foi um jogo disputado praticamente em apenas 30 metros, de tal forma que ao intervalo o Sporting tinha 70% de posse de bola e 9 cantos conquistados, embora oportunidades de golo propriamente ditas, não tivesse conseguido nenhuma, isto apesar de Nuno Santos ter criado vários desequilíbrios no lado esquerdo.

Por incrível que pareça até foi do Portimonense a jogada mais perigosa desta 1ª parte, depois de uma intervenção incompleta de António Adán, mas no geral foi o Sporting a moer, a moer, sem nunca estar perto de matar.

Na 2ª parte os Leões meteram mais uma velocidade no jogo, o que somado ao natural desgaste de quem anda o tempo todo a correr atrás da bola, começou a criar problemas acrescidos ao Portimonense, até que Viktor Gyökeres conseguiu finalmente algum espaço nas costas da defesa algarvia e fez o golo que já se adivinhava.

O mais difícil estava feito, mas a seguir aconteceu o de costume. Bastou um livre á entrada da área
depois de uma falta de Ousmane Diomande, daquelas que só se marcam no futebol português e o Portimonense empatou.

Sem muitas soluções no banco Rúben Amorim lançou Daniel Bragança em mais uma substituição motivada por um amarelo sem sentido de um dos piores árbitro desta Liga, e que poderia ter dado para o torto, pois o camisola 23 não entrou bem, e tal como Ousmane Diomande teve uma noite desastrada. Valeram Eduardo Quaresma e António Adán que seguraram a vantagem conquistada por Paulinho, ele que poderia ter morto o jogo duas vezes, mas que mesmo assim acabou por ser decisivo.

Foi ultrapassado com algum sofrimento um obstáculo difícil, mas as bolas paradas são outro problema que urge resolver. 12 cantos para nada e mais um golo sofrido depois de um livre á entrada da área, revelam que há que trabalhar melhor neste capitulo do jogo.

Venha agora Janeiro de 2024, que começa com 4 jogos de vitória obrigatória, onde Rúben Amorim terá de resolver o problema das ausências dos jogadores que vão para as seleções e acaba com a final a quatro da Taça da Liga. Pelo meio ainda vai ser preciso sobreviver ás confusões do mercado de inverno. Um sufoco.



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