A caminho de Leiria


O Sporting concluiu 100% vitorioso o ciclo de 5 jogos que antecediam a final a quatro da Taça da Liga,  em que era obrigatório ganhar e fê-lo com um impressionante rácio de 19 golos marcados e 4 sofridos, que revelam o bom momento que a equipa atravessa, isto apesar das ausências forçadas de 3 jogadores, 2 dos quais muito importantes, que estão ao serviço das suas seleções.

Rúben Amorim conseguiu resolver esses problemas com o inesperado reaparecimento de Eduardo Quaresma e recuando Pedro Gonçalves para o meio campo, o que abriu espaço para a entrada de Paulinho na equipa que assim passou jogar com dois pontas de lança, ao mesmo tempo que Nuno Santos ficou com mais liberdade para fazer a ala esquerda, enquanto do outro lado Ricardo Esgaio permite à equipa alternar entre uma linha de 4, ou de 3, na defesa. Os resultados tem sido excelentes, só falta testar este sistema com adversários mais fortes.

Em Vizela a equipa experimentou a sensação de ficar a perder muito cedo, isto na primeira vez em que os minhotos chegaram à área leonina e depois de 12 minutos em que o Sporting já poderia ter inaugurado o marcador.

Depois aquele inacreditável falhanço de Viktor Gyökeres quando atirou à barra de baliza completamente aberta, pareceu afetar os Leões, perante um Vizela que começou a queimar tempo desde o primeiro minuto, o que também terá contribuído para algum nervosismo que nessa altura começou a transparecer, mas em cima do intervalo Viktor Gyökeres redimiu-se e na 2ª parte a teoria do ketchup confirmou-se.

No fim foram 5, mas poderiam ter sido 7 ou 8, mesmo que Sebastián Coates tenha oferecido um golo ao Vizela, de uma forma indesculpável para um jogador com a experiência do uruguaio, que no entanto logo se redimiu ao fazer o 4-2.

O pior, e talvez o mais preocupante deste jogo, foi a arbitragem claramente tendenciosa como se pode comprovar pelo cartão amarelo apressadamente mostrado a Morten Hjulmand, numa falta insignificante a meio campo, em oposição à complacência para com a agressividade, por vezes excessiva, dos vizelenses, principalmente sobre Viktor Gyökeres, que ainda por cima quase levava uma amarelo por ter protestado uma das muitas faltas que sofreu, o que lhe valeu um olhar mortífero (na foto) de um Narciso que estava inquieto para obedecer ao Vítor Baía, isto sem falar nos penaltis que ficaram por marcar e na dualidade de critérios na marcação de faltas, que para um lado eram só em caso de facada, enquanto para o outro era ao mínimo toque, como aconteceu no lance que deu origem ao 1-0.

Vamos entrar agora num ciclo infernal com 10 jogos (9 se o Sporting perder 3ª feira com o Braga) em 35 dias, a contar para quatro competições diferentes, incluindo a final a quatro da Taça da Liga, uma eliminatória da Liga Europa, mais duas viagens ao inverno nortenho e outro confronto com o Sp. Braga, desta vez em Alvalade, isto com um plantel que neste momento está curto, como se podia ver ontem pelo banco do suplentes apresentado em Vizela. 

Vamos a ver como é que a equipa se aguenta, sabendo-se que a melhor vitamina que pode haver são as vitórias, pelo que a Taça da Liga será muito importante em termos anímicos, sendo que depois regressam os ausentes.

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