O pior em campo ganhou o jogo


O Sporting ganhou por 3-2 ao Estrela da Amadora num jogo espetacular e emocionante, que terminou com apenas 13 faltas marcadas e 61 minutos de tempo útil, números dignos de uma Premier League e que nada tem a ver com o que normalmente acontece no futebol português.

Não foi uma vitória fácil e há que dar algum mérito à equipa amadorense pela sua organização defensiva, sem nunca esquecer a tentativa de explorar as costas da defesa leonina, mas mesmo assim com paciência o Sporting lá conseguiu chegar ao golo, quando Viktor Gyökeres finalmente criou um desequilíbrio na defesa contrária.

Nestas alturas costuma-se dizer que o mais difícil está feito, mas desta vez o Estrela conseguiu surpreender no início da 2ª parte, com dois golos de rajada, que tal como disse Rúben Amorim, também não me pareceram fruto de uma desaceleração ou adormecimento da equipa, simplesmente aconteceram, um por uma infelicidade de Sebastián Coates, outro porque António Adán se precipitou a sair da baliza.

Reagiu de imediato a equipa, o público e principalmente o treinador, que subiu as linhas e para isso precisou de meter defesas mais rápidos e hábeis, ao mesmo tempo que arriscou a jogar com dois alas mais ofensivos, com Francisco Trincão a dar muito boa conta do recado. Depois lançou Paulinho e fez o cheque mate, valendo o guarda redes António Filipe para evitar um resultado mais dilatado.

Nessa altura só houve uma coisa que eu não entendi: porque é que Marcus Edwards, que estava a ser o pior em campo, não saiu? A resposta foi dada pelo inglês que resolveu o jogo com uma jogada à Maradona e um cruzamento milimétrico. Por alguma coisa eu não sou treinador.

Para já está cumprida a missão de chegar à Luz com 3 pontos de avanço, pelo que agora há que ganhar aos polacos para ficar numa boa posição na Liga Europa. Depois no "derby" logo se vê o que vai dar, mas a equipa está forte e moralizada.

Para finalizar lanço um desafio ao Ferreira do CA: mostrem lá os áudios do VAR nesta jornada para ver se a gente percebe porque é que em Chaves uma mão na cara foi penálti e em Alvalade não, mas não vale dizer que foi o Daniel Bragança que empurrou a mão do defesa contra a sua própria cara. Há que ter a noção do ridículo.

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