Não esperava tanto


É verdade, atendendo a que nestes jogos das competições menos importantes, os treinadores aproveitam sempre para dar minutos aos jogadores menos utilizados, o que habitualmente resulta em exibições pouco conseguidas e por vezes até algumas surpresas, confesso que não esperava uma exibição tão boa como a que o Sporting fez ontem, de tal forma que o resultado de 4-2 não espelha minimamente o desenrolar de um jogo que teve tudo para acabar com uma goleada das antigas.

Foi talvez a melhor atuação da temporada, à qual só faltou uma maior eficácia no momento da concretização, um problema que se arrasta há muito tempo, embora Viktor Gyökeres esteja a conseguir contrariar essa tendência para o desperdício, como ontem mais uma vez aconteceu com o avançado sueco a fazer um "hat-trick".

Pelo contrário o Farense que particamente não incomodou Franco Israel, conseguiu uma taxa de eficácia excelente, espetando dois balázios na baliza leonina e quase que chegava ao 4-3 numa altura em que o Sporting já entrara naquela fase de descompressão que também caracteriza estes jogos.

À exceção de Daniel Bragança, os jogadores lançados por Rúben Amorim aproveitaram a oportunidade e mostraram que o treinador pode contar com eles quando necessitar, isto sem esquecer a experiência bem sucedida com Gonçalo Inácio no meio campo, que talvez seja o sector onde há menos opções, pelo que esta solução pode efetivamente ser muito válida.

Está pois bem encaminha a presença do Sporting na final a quatro da Taça da Liga, mas agora ainda há dois jogos para ganhar antes do "derby", que já fervilha como se pode verificar pelo nervosismo patenteado pelos "comentadeiros" de serviço. Vai ser uma semana engraçada, ai isso é que vai.

No final, como não poderia deixar de ser, Rúben Amorim foi atacado com a questão do pretenso interesse do Manchester United nos seus serviços e confesso que as suas respostas me deixaram algo apreensivo, pois depreendi que a ideia dele será ganhar este campeonato e sair, se lhe aparecer um bom clube que esteja disposto a pagar os 20 milhões da clausula de rescisão do seu contrato, algo em que ele parece acreditar firmemente.

Compreendo a ideia, mas não percebo a vantagem de a deixar no ar, isto numa altura em que tudo irão fazer para agitar as águas que por enquanto estão muito calmas em Alvalade. De qualquer forma fico a aguardar os desenvolvimentos próximos desta questão, que repito que não me agradou.

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