Difícil de perceber


Rúben Amorim tinha dito que a Atalanta era uma equipa difícil de perceber e a verdade é que a 1ª parte do jogo de ontem revelou um Sporting incapaz de entender estes italianos, que pressionaram muito alto e bem, de tal forma que os Leões não conseguiram sair a jogar uma única vez, pelo que o 0-2 dos primeiros 45 minutos era inteiramente justo, tal como justificados foram os assobios que se ouviram em Alvalade.

Depois do intervalo tudo mudou, em parte porque Sebastián Coates foi capaz de serenar a linha defensiva, enquanto Marcus Edwards e Geny Catamo trouxeram criatividade ao ataque leonino, mas também porque nenhuma equipa consegue manter aquele ritmo durante um jogo inteiro, pelo que o Atalanta apareceu mais contido, limitando-se a gerir a vantagem, até que surgiu o golo do Sporting.

Aí os italianos tremeram e o empate esteve à vista, mas voltou a faltar eficácia e alguma sorte no momento do remate, pelo que que se consumou a primeira derrota da temporada, um resultado negativo, mas que é recuperável, desde que se ganhem os dois jogos que se seguem frente ao Rakow, e principalmente que a equipa seja capaz de voltar à vitórias domingo com o Arouca.

Duas notas finais, uma para um árbitro que foi muito rigoroso na época passada no jogo com o Marselha, mas que agora perdoou um segundo amarelo a Toloi e outra para o penálti descoberto pelo VAR num lance em tudo igual àquele que André Narciso e João Ferreira se recusaram a aceitar, pondo em causa a intervenção óbvia do vídeo árbitro no jogo com o Famalicão. São as particularidades do futebol português.


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