A estrela e a estrelinha


O Sporting arrancou o campeonato de 2023/24 com uma vitória arrancada a ferros a fazer lembrar a estrelinha que o acompanhou em 2020/21, mas antes evidenciou-se Viktor Gyökeres, uma nova estrela no universo leonino, que deixou todos os Sportinguistas com água na boca.

Foi de facto uma verdadeira entrada de Leão deste avançado sueco que acrescenta golo a uma equipa muito bem estruturada no seu 3x4x3, que fez uma meia hora de grande qualidade.

É verdade que é impossível manter aquele ritmo durante o jogo todo, mas também não se pode baixar tanto, como aconteceu principalmente depois do intervalo, numa altura em que mesmo que o terceiro golo pudesse ter aparecido, a verdade é que o Vizela conseguiu chegar várias vezes à baliza de António Adán e foi assim que de repente aquilo que parecia ser uma noite perfeita, se transformou num pesadelo já muitas vezes visto.

Rúben Amorim também não foi feliz nas substituições, embora eu entenda as ideias do treinador, mas a verdade é que com Pedro Gonçalves no meio campo a equipa ficou ainda menos agressiva, e a mudança do lado mais ofensivo nas alas também não funcionou, pois o menino Afonso Moreira não teve uma estreia feliz.

No final valeu que Paulinho foi buscar a tal estrelinha ao baú das recordações de 2020/21 e salvou uma noite que começou perfeita e quase acabava numa tremenda desilusão.

Na tribuna já esteve o desejado trinco que se espera venha acrescentar o musculo que falta ao meio campo, enquanto se aguarda pelo ala direito que falta e pelo regresso de Nuno Santos, isto apesar de Geny Catamo não ter estado mal.

O pior para mim foi a defesa. É verdade que aquele meio campo é muito mole, mas os golos tiveram muito a ver com erros individuais, com Sebastián Coates a revelar as suas conhecidas dificuldades quando é apanhado fora do seu lugar.

Uma palavra final para um árbitro desconhecido que começou por tentar deixar jogar, mas na 2ª parte mudou de critério e inclinou o jogo, marcando tudo para um lado e nada para o outro, que o diga Afonso Moreira. Isto já para não falar no disparatado critério disciplinar. No fim valeram os 8 minutos de tempo de compensação atribuídos a castigar uma equipa que mal chegou ao empate começou com a palhaçada do costume. Sexta feira há mais.


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