Um novo sistema de jogo


O Sporting empatou a uma bola com o Genk, naquele que foi o primeiro jogo de preparação da época, que ficou marcado pelo facto de Rúben Amorim ter apresentado um novo modelo, no qual Gonçalo Inácio assume um papel chave, atuando como segundo central no 4x4x2 com que a equipa defende e subindo para o meio campo quando a equipa assume a iniciativa de jogo, transformando-se para um 3x3x4. É uma alteração corajosa e muito ambiciosa, que parece inspirada no que Guardiola fez com Stones no Manchester City, na última época, mas que para já ainda precisa de ser muito trabalhada.

A 1ª parte foi fraquinha e aquele golo oferecido por Matheus Reis numa saída de bola que não lembra a ninguém, foi um momento feio, mas na 2ª parte o Sporting melhorou muito e não fosse a habitual falta de eficácia no momento do remate, que teve o seu expoente máximo em Francisco Trincão, os Leões poderiam e deveriam ter ganho o jogo.

As notas de maior evidencia foram para os jovens que aproveitaram esta oportunidade para se mostrarem, especialmente Afonso Moreira que foi o jogador mais perigoso do ataque, mas Eduardo Quaresma também esteve muito certinho, não se percebendo porque é que não jogou nos clubes onde esteve emprestado.

Jovane Cabral também entrou bem, mexendo com o jogo, numa altura em que começavam a faltar pernas, assim como Daniel Bragança, um regresso que se saúda, principalmente porque o meio campo é o sector menos abundante do plantel.

A grande questão nesta altura é se este esquema será para manter, ou se se trata apenas de uma espécie de plano b que Rúben Amorim idealizou como alternativa, daí que a expetativa seja grande em relação aos próximos jogos, mas para já fiquei com a ideia de que aquilo está longe de estar bem afinado, pelo que o próximo teste com a Real Sociedad terá de ser encarado com muita atenção e rigor.

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