Mais experiências


Depois das experiências no jogo com o Genk, com Gonçalo Inácio a dançar da posição de quarto defesa para a de trinco, num sistema que oscilava entre o 4x4x2 e uma espécie de 3x3x4, Rúben Amorim resolveu experimentar um sistema diferente, num jogo frente a um adversário que vai disputar a Liga dos Campeões.

Assim tivemos um 4x4x2 que se transformava em 5x2x3 no momento defensivo, com Nuno Santos a desempenhar o papel mais exigente fazendo a ala esquerda toda, enquanto Paulinho abria para a esquerda quando o seu companheiro recuava para a defesa.

O melhor que se viu é que já há algum entendimento entre a dupla de pontas de lança, com Viktor Gyökeres a dar excelentes indicações, ao mesmo tempo que Pedro Gonçalves aparece já em boa forma e a mostrar que neste sistema pode ser o médio mais criativo, mas falta claramente alguém que lhe cubra as costas, embora neste jogo Dário Essugo tenha entrado bem, mas este meio campo é muito mole.

Outro problema que se tem visto é a dificuldade na saída de bola, que estava muito bem trabalhada no 3x4x3 e que agora está em processo de reajuste, mas ainda muito atabalhoada.

O jogo correu bem em termos de resultado, mas não foi brilhante, dando para perceber que Rúben Amorim está á procura do melhor processo para compatibilizar Viktor Gyökeres com Paulinho, mas ainda está condicionado pela ausência dos dois reforços que se esperam, o que abriu portas para a infeliz estreia de Leonardo Barroso, que na minha opinião é um dos jogadores da formação com mais condições para triunfar, pelo que foi com muita pena que o vi ser expulso quando tinha acabado de entrar.

É verdade que aquela entrada justifica o cartão vermelho, mas se o árbitro levou o jogo todo a condescender, supostamente porque estamos em fase de preparação, então não se percebe o rigor para com um miúdo que estava a fazer a sua estreia e que tinha acaba do de entrar, até porque se aquela falta foi imprudente e mesmo perigosa, vendo a jogada em lance corrido percebe-se perfeitamente que não há nenhuma maldade, aquilo foi apenas fruto da inexperiência e da vontade de mostrar serviço do miúdo. Valeu a união do grupo perante o excesso de rigor de um VAR, que ao contrário de Leonardo Barroso, nunca vai ser bom no papel que desempenha no futebol.

Segue-se o Troféu Cinco Violinos, onde espero ver mais alguma coisa que nos permita perceber o caminho escolhido por Rúben Amorim na construção deste novo Sporting, que por enquanto ainda está algo indefinido.

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