O pior do futebol português


O Sporting ganhou ao Marítimo depois de uma exibição muito pobre e com um golo já no tempo de compensação, em que mais uma vez a solução foi colocar Sebastián Coates a ponta de lança, o que diz tudo sobre as dificuldades encontradas para superar uma equipa que aproveitou um brinde logo no início do jogo, para depois se limitar a defender dentro da sua área.

O jogo foi tão fraco que não tenho dúvidas nenhumas em afirmar que o Sporting não mereceu ganhar, mas devo dizer também que o Marítimo mereceu inteiramente a derrota sofrida, porque aquilo que fez em Alvalade não é futebol, nem sequer é antijogo, é mesmo palhaçada.

As constantes demoras na reposição da bola em jogo e os jogadores a simularem lesões logo na 1ª parte, foram os pontos fortes da estratégia deste Marítimo, mas como se tudo isto não fosse suficiente, bastou que o Sporting passasse para a frente no marcador, para que os jogadores do clube madeirense armassem logo uma confusão, porque de repente já estavam cheios de pressa para retomar o jogo, resultando daí o primeiro amarelo a António Adán.

Depois foi a vez de Tiago Martins entrar em ação, porque na realidade foi dele toda a responsabilidade daquela confusão que se gerou no fim, tal era a sua vontade de validar o golo do empate e teria sido tão simples deixar a jogada seguir, apitar a falta assinalada pelo fiscal de linha e aguardar pela análise do VAR.

Mas não, o homem apesar de estar muito longe da jogada foi perentório em mandar o seu assistente baixar a bandeira, ao mesmo tempo que dizia que tinha sido só na bola. Depois mostrou o segundo amarelo, e bem, a António Adán. Ainda foi falar com o fiscal de linha não se sabe bem para quê, porque logo a seguir apontou outra vez para o centro do campo e no fim esteve quase um minuto para a muito custo ter de engolir em seco e anular o golo.

Depois foi atacado pelos jogadores do Marítimo, mas aí já não expulsou ninguém e não viu Winck a agredir gratuitamente Nuno Santos e a atirar-se para o chão quando Sebastián Coates o empurrou.

No fim José Gomes ainda teve o descaramento de dizer que não podia falar senão seria castigado. Só foi pena que o jornalista não lhe tenha perguntado se ele já vira o lance do golo anulado, ou se queria falar do penalti sobre Marcus Edwards que ficara por marcar ainda na 1ª parte, ou mesmo da palhaçada que os seus jogadores tinham feito quase desde o início do jogo.

Enfim, é o futebolzinho português no seu melhor.

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