À portuguesa e à italiana

O Sporting perdeu em Turim por 1-0, um resultado que não reflete minimamente o desenrolar dos acontecimentos dentro do campo, onde a superioridade dos Leões foi de tal ordem que chegou a ser surpreendente e quando o intervalo chegou os italianos suspiraram de alívio.

Foi um Sporting liderado por um gigante na defesa e por um monstro omnipresente no meio campo, faltando apenas um guarda-redes à altura e competência no momento do remate, para consumar aquilo que poderia ter sido uma vitória categórica.

De qualquer forma ficou a sensação de que o Sporting é melhor do que esta Juventus e que pode dar a volta à eliminatória em Alvalade, mesmo contando com o tradicional cinismo dos italianos, que no curto período em que conseguiram estar por cima no jogo de ontem, fizeram um golo, enquanto o Sporting atacou, atacou e nunca marcou e tinha de o ter feito, principalmente na 1ª parte em que os italianos estiveram perdidos, mas também naquele inglório esforço final com dois falhanços inacreditáveis.

A fragilidade, misturada com muita ingenuidade, de Youssef Chermiti faz com que finalmente se dê algum valor a Paulinho, cuja ausência foi muito penalizadora para o Sporting, mais do que a de Manuel Ugarte, pois Hidemasa Morita foi só o melhor em campo e Pedro Gonçalves esteve muito bem, mesmo que tenha feito falta na frente, onde Francisco Trincão, depois do "hat-trick" no Jamor, pura e simplesmente desapareceu.

Á parte do falhanço fatal de António Adán, o pior deste jogo foi mais uma lesão de Jeremiah St. Juste, que também vai fazer muita falta nesta desgastante ponta final da época, que para já segue com dois jogos em Alvalade, que tem de ser encarados um de cada vez e com a máxima concentração, esperando-se que os Sportinguistas também digam presente, mesmo aqueles que continuam agarrados a interesses inferiores. É a altura de pôr o Sporting à frente de tudo.

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