Um massacre que acabou com um susto


O futebol é mesmo um jogo imprevisível, mas como se costuma dizer "quem sabe do convento é quem anda lá dentro". No entanto nesta apaixonante modalidade há milhares de treinadores de bancada que depois dos jogos sabem sempre quais as táticas que garantem vitórias.

Vem isto a propósito das minhas certezas de que Pedro Gonçalves deve jogar sempre no ataque, pois é o jogador do Sporting com melhor relação com o remate. Só que sábado em Portimão ele nem de penálti conseguiu acertar na baliza e foi quando recuou para o meio campo que o jogo se resolveu, graças a um a belo passe do nº 28 que descobriu Paulinho no lugar certo para matar à ponta de lança, o que também não é propriamente a sua especialidade.

Até aí tínhamos tido uma boa exibição do Sporting, frente a uma equipa que defendia com 8 ou 9 jogadores à frente da sua baliza, dispondo de uma linha de defesas muito altos, o que só por si desaconselhava os cruzamentos para a área, até porque o Sporting não tem propriamente grandes cabeceadores.

Mesmo assim a equipa foi paciente e fiel à sua ideia de jogo, conseguindo penetrar várias vezes na barreira algarvia, só que não havia maneira de se acertar na baliza, principalmente porque Pedro Gonçalves não estava nos seus dias.

Depois do golo já não gostei muito pois as mexidas na defesa, onde Ousmane Diomande voltou a surpreender com uma exibição sem margem para reparos, abriram alguns buracos, de tal forma que aquilo que chegou a ser um massacre, acabou com um susto.

Foi pois uma vitória indiscutível com um resultado que só peca por escasso, de tal forma que no fim assistimos à conferência de imprensa mais rápida da história do futebol português, com as habituais perguntas de encomenda a ficarem na algibeira dos jornalistas presentes, que se não estavam vencidos, pelo menos convencidos pareciam estar.

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