Um jogo penoso


O Sporting esteve à beira de perder em casa frente a uma equipa medíocre que se apresentou em Alvalade apenas com duas ideias: queimar tempo e pressionar alto à espera de um erro do adversário na saída de bola.

A primeira funcionou em pleno, pois o árbitro não só foi conivente, como apenas deu 5 minutos de compensação pelas inúmeras interrupções e constantes demoras na reposição da bola em jogo, e a segunda também se revelou acertada, pois António Adán ofereceu um golo com um erro imperdoável, que não foi o único.

Do que os dinamarqueses não estariam à espera era de uma exibição tão desinspirada e desconexa do Sporting, que nunca foi capaz de aproveitar o tal adiantamento das linhas do Midtjtylland para chegar com alguma facilidade à baliza de Lossl, complicando de uma forma inexplicável a progressão no terreno com um futebol lento e previsível.

O resultado foi um jogo penoso com erros atrás de erros, alguns inadmissíveis para uma competição como a Liga Europa, de tal forma que no final o que as duas equipas em campo mereciam mesmo era uma derrota.

Rúben Amorim está claramente com dificuldades para encontrar soluções para inverter esta espiral de maus resultados e de exibições ainda piores, que como ele próprio reconheceu, coloca a equipa a jogar sobre brasas numa crise de ansiedade e de falta de confiança, que como se costuma dizer torna as pernas pesadas e a bola cheia de bico.

Perante isto adivinha-se um final de época penoso, sem grandes perspetivas de chegar aos lugares de acesso à Liga dos Campeões e mesmo que o Sporting consiga ganhar na Dinamarca, como é sua obrigação, o que pode vir a seguir é assustador, pelo menos se a equipa continuar neste marasmo.

  

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