Marcar cedo


Um golo logo aos três minutos teve dois efeitos contraditórios, pois por um lado empurrou o Paços de Ferreira para uma reação corajosa mas que tinha tudo para acabar mal e por outro deu ao Sporting uma sensação de facilitismo e foi assim que chegámos ao intervalo com um 3-0, depois de um golo em contra ataque e mais um do revigorado Paulinho.

Na 2ª parte o Sporting repetiu o mesmo retirar o pé que se tinha visto no jogo com o Braga e que Rúben Amorim classificou como uma perda de intensidade que o preocupa, mas na verdade dadas as circunstâncias é quase inevitável que o jogo perca interesse quando o resultado está feito. O pior é quando isso se transporta para os jogos em que ainda está tudo em aberto.

A exibição de ontem nem precisou de ser brilhante, mas nestas situações parece-me que dar uma oportunidade a quem está no banco à espera dela, pode ser uma boa solução para manter a equipa ligada, pelo que julgo que as substituições foram tardias, principalmente porque Marcus Edwards estava numa noite de total desinspiração e por estranho que pareça Nuno Santos deu alguns sinais de displicência, que até não são nada habituais nele.

Depois entraram os miúdos, mas Dário Essugo voltou a exceder-se na sua entrega ao jogo e obrigou a equipa a correr mais, prejudicando a possibilidade dos seus dois jovens companheiros brilharem.

Com tudo isto o meio-campo levou mais duas facadas e se Hidemasa Morita não recuperar a tempo, Rúben Amorim vai ter de improvisar na Madeira, onde é fundamental manter a embalagem das vitórias nas vésperas de um "derby" que pode ser decisivo para as aspirações do Sporting. Para já é ficar no sofá a ver o o jogo de Braga.

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