Rúben Amorim e os anões


Perante a uma equipa da 3ª Liga, o Sporting dominou o jogo por completo, pois como era de esperar o Varzim fechou-se lá atrás e poucas foram as vezes em que saiu do seu meio campo. No entanto por incrível que pareça as melhores oportunidades foram para os povoeiros, que em dois livres laterais marcaram um golo e estiveram quase a marcar outro e ainda criaram mais uma ou outra situação de algum perigo.

Quanto ao Sporting, atacou muito, mas atacou mal, insistindo nos cruzamentos para cima da baliza que terão sido seguramente mais de 30 (só cantos foram 16). No entanto, à exceção de um remate perigoso de Gonçalo Inácio, a "força" aérea leonina foi inexistente e nunca conseguiu incomodar Ricardo, pois a defesa do Varzim ganhou praticamente todas a bolas bombeadas para a sua área.

Perante isto não se percebeu a insistência neste tipo de futebol, quando não há um ponta de lança com caraterísticas para o jogo aéreo, e ainda menos se entende a saída de Nuno Santos, o jogador que melhor cruza no Sporting, ou a colocação de Issahaku Fatawu na ala direita, ele que só tem pé esquerdo e que por isso vai sempre para dentro e nunca chega à linha do fundo para cruzar.

O resultado foi que praticamente não se criaram jogadas de perigo, pois a desinspiração dos jogadores mais talentosos do Sporting foi total, pelo que ninguém conseguiu criar um desequilíbrio na defesa povoeira e até os remates de fora da área foram só dois ou três, pelo que Ricardo não fez uma única defesa digna desse nome durante todo o jogo.

Como se tudo isto não bastasse, a defesa do Sporting tremeu por todos os lados sempre que o Varzim conseguiu chegar lá à frente e a equipa continua a sofrer golos de bola parada em quase todos os jogos, sendo visível a falta de centímetros neste grupo de jogadores, o que ainda se torna mais notório quando não há Sebastián Coates o único jogador do plantel acima do 1,90m, não se percebendo também como é possível cometer o mesmo erro tantas vezes, com a falta de marcação ao segundo poste, onde invariavelmente aparecem jogadores sozinhos na sequência destes livres nas proximidades da baliza leonina, que são vistos por estas equipas pequenas como o pote de ouro escondido atrás do arco iris.

A Taça já foi e agora não adianta chorar, há que tentar encontrar uma saída do buraco, não basta dizer que a culpa não vai morrer solteira, porque mais do que culpados, são precisas soluções.

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