O abraço a Rúben Amorim

O abraço de Nuno Santos a Rúben Amorim, que se seguiu ao golo que consumou a reviravolta em Alvalade é o retrato fiel da forma como a equipa leonina abordou o jogo com o Casa Pia, que no final da 1ª parte parecia ter tudo para se tornar em mais um episódio da tempestade perfeita que tem assolado o Sporting.

De facto, aquele golo em cima do intervalo, depois de 40 minutos de ataque infrutífero, encheu de força todos os que anseiam pela queda deste Sporting, logo a começar pelas claques, que em pleno estádio voltaram a fazer as tristes figuras do costume, que se prolongaram no intervalo.

Valeu que os jogadores responderam de forma a darem razão ao seu treinador, que no final respirou de alívio ao perceber que o grupo está com ele e que conseguiu cumprir a promessa que tinha feito de não darem a satisfação a ninguém de os ver baixar a cabeça e de facto conseguiram calar as claques e puxar pelo resto do estádio.

Independentemente de tudo isto, não é uma vitória que resolve os problemas deste Sporting. A equipa tem caráter e uma identidade bem definida, mas o plantel é desequilibrado e os "brunecos" e os "claqueiros" só estão à espera de uma oportunidade para atacarem, pelo que a margem de erro continua a ser nula e a pressão vai continuar a ser muita, restando saber a capacidade que este grupo terá para resistir, porque é disso que se trata nesta altura.

Para já Rúben Amorim conquistou mais uma vida, mas hoje em Londres há um jogo muito complicado, embora não decisivo, onde acima de tudo se espera que não se voltem a dar tiros nos pés e que no fim a equipa possa sair de lá, se não com a confiança reforçada, pelo menos sem que ela seja novamente abalada.


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