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Depois de ter afirmado que a prioridade era o campeonato, porque era essa  competição que garantia ao Sporting a imperiosa presença na Liga dos Campeões da próxima época, Rúben Amorim arriscou muito na gestão de esforço do plantel que fez em Arouca, principalmente quando colocou em campo ao mesmo tempo dois alas que dão pouca profundidade ao jogo da equipa e que ainda por cima estão ambos muito marcados por exibições recentes menos conseguidas.

Mesmo assim o Sporting poderia perfeitamente ter resolvido o jogo na 1ª parte, se não tivesse desperdiçado as várias oportunidades que teve para se adiantar no marcador, sendo que nesse período, Dário Essugo terá sido o jogador que mais se evidenciou, entre aqueles jogaram e que habitualmente não são titulares, pelo que não merecia ter estado envolvido no golo do Arouca, outra vez consentido na sequência de uma bola parada, um problema que está difícil de resolver.

Rúben Amorim teve então de recorrer aos titulares e até acabou com Sebastián Coates a ponta de lança, mas apesar das várias oportunidades criadas, ninguém conseguiu acertar com a baliza, pelo que em vez de ter aproveitado a escorregadela do FC Porto, o Sporting ficou mais longe dos portistas e está definitivamente arrumado da luta pelo título, até porque o Benfica entrou numa dinâmica que parece imparável, enquanto os Leões continuam a repetir os mesmos erros.

Depois desta derrota o jogo de terça-feira passou a ter uma importância redobrada, pois a oposição interna do Sporting só está à espera de mais um desaire para voltar a atacar, pelo que o ambiente não vai ser fácil para os jogadores. Cabe aos verdadeiros Sportinguistas dar uma resposta, mas perspetiva-se um ambiente de cortar à faca que não sei se esta equipa terá capacidade para ultrapassar, numa altura em que Rúben Amorim começa a acusar algum desgaste, mesmo que se mantenha irredutível na defesa dos seus princípios.

Voltando ao jogo de Arouca, devo dizer que o Sporting tem obrigação de ganhar a esta modesta equipa mesmo que do outro lado esteja um árbitro como Rui Costa, mas também não podemos omitir que apesar de não ter sido um jogo com muitos casos, o homem como de costume inclinou o campo com uma constante dualidade de critérios, sendo claras as suas intenções na forma como se apressou a terminar a 1ª parte ou, como acabou com o jogo descobrindo uma falta que já tinha avisado que ia marcar, isto sem esquecer que fingiu não ver o pontapé que Simão deu na cabeça de Marcus Edwards, para não mostrar aquele que seria o segundo cartão amarelo. Enfim, mais do mesmo de um dos piores árbitros que eu já vi no nosso futebol, mas que por ser irmão de um dirigente da arbitragem lá vai continuando a espalhar a sua "magia" pelos relvados portugueses. 



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