A resposta de Adán e o VAR

Depois de ter sido fortemente criticado pelo desastre de Marselha e com alguma razão, tirando é claro os excessos dos do costume, em Ponta Delgada António Adán respondeu com um punhado de grandes defesas que seguraram os 3 pontos e deram razão a Rúben Amorim, quando deu um voto de total confiança ao seu guarda redes.

No entanto, tirando isto e as boas indicações dadas por Jeremiah St. Juste, que infelizmente parece continuar preso por arames, isto sem esquecer o belo golo de Nuno Santos, um jogador que seja contra quem for atua sempre com a mesma intensidade, este jogo deixou muito a desejar.

A equipa parece algo cansada e, não é tanto na parte física, julgo que é mais uma questão mental. A falta de confiança é evidente em alguns jogadores e aquela segunda parte foi uma miséria, de tal forma que o que nos voltou a valer foi mesmo foi o regresso de António Adán ao seu melhor nível.

Há portanto um problema que Rúben Amorim ainda não conseguiu resolver, e que me parece que passa muito por conseguir uma boa serie de resultados e exibições que devolvam à equipa a confiança nos seus processos.

Um nota final para a arbitragem de Soares Dias que como todos sabemos nunca foi um grande árbitro, embora se dê a ares disso e que desta vez nem teve um jogo muito complicado, mesmo que como de costume por vezes tenha complicado, mas acima de tudo neste momento o que carece de explicação são as estranhas atuações do VAR.

Há algumas semanas atrás houve uma bola que bateu inadvertidamente no cotovelo de um jogador do Vizela que fazia um movimento natural para se proteger de um remate à queima. O VAR interrompeu, anulou um fora de jogo que fora assinalado e marcou penalti, numa decisão no mínimo muito discutível. Sábado, a bola bateu no cotovelo de um jogador do Santa Clara, na sequência de um cruzamento largo que o apanhou desprevenido, mas desta vez o VAR não disse nada. 

Em nenhum dos casos me parece que seja penalti, os jogadores não podem cortar os braços fora e quando se movimentam mexem com eles, mas o que parece é que o VAR só atua quando convém a um determinado clube, sendo que o que aconteceu na semana passada em Guimarães ultrapassou os limites do razoável. O Benfica está a jogar bem, mas com as ajudas dos árbitros e do VAR a coisa torna-se muito fácil

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