Histórico e moralizador


À 15ª tentativa o Sporting conseguiu finalmente ganhar na Alemanha, um resultado histórico, obtido numa altura muito importante para esta equipa, que como Rúben Amorim tinha dito, e muito bem, só com vitórias poderia ultrapassar o momento menos bom que atravessa.

No entanto temos de reconhecer que estes 3-0 são tão mentirosos quanto foram os 3-0 do jogo do Dragão, porque na verdade o Sporting até passou por algumas dificuldades, que para não variar resultaram de erros individuais que a equipa continua a cometer, valendo a falta de alguma qualidade neste Eintracht.

Foi realmente uma 1ª parte sofrível, com o Sporting a revelar alguma precipitação na saída de bola e muitas dificuldades para chegar lá na frente, porque na verdade ainda há muito trabalho para fazer, principalmente na adaptação a um meio campo que ficou muito diferente depois da saída de Matheus Nunes, que foi rendido por um jogador com uma amplitude de movimentos mais reduzida e menos intenso do que o luso brasileiro, embora Hidemasa Morita tenha uma excelente visão de jogo.  

Acredito que os erros lá atrás tenderão a diminuir à medida que a confiança for amentando, ao mesmo tempo que espero que o japonês consiga pelo menos meter a 4ª velocidade no seu jogo, porque no ataque já se viu que há muito talento, embora haja o estafado problema da ausência de um homem de área, que em alguns jogos faz sempre muita falta, mesmo que isso possa ser compensado com o regresso de Paulinho a quem Rúben Amorim promete dar mais condições para brilhar.

Em Frankfurt o Sporting enfrentou uma equipa muito física e intensa, que pagou a sua ineficácia e que com passar dos minutos foi dando mais espaços, o que o Sporting soube aproveitar, principalmente depois do golo. Ainda houve uma tentativa de reação do Eintracht depois do 0-2, mas as substituições efetuadas por Rúben Amorim no sentido de refrescar a linha da frente e o adiantamento da equipa alemã, fizeram o resto, numa tarde em que tudo correu de feição ao Sporting.

Foi importante pelo capital de moralização que esta vitória constitui, mas a primeira fase da época é muito densa e o plantel é manifestamente curto, pelo que como disse Rúben Amorim, agora o que é preciso é ganhar o próximo jogo.




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