Fatura pesada


O Sporting perdeu novamente, mas desta vez em primeiro lugar tenho de dar algum mérito ao Boavista, que mesmo jogando no já habitual 5x4x1 com que os treinadores portugueses defrontam a equipa de Rúben Amorim, não só esteve irrepreensível na sua linha defensiva, como nunca deixou de ser perigoso a sair para o contra ataque, mostrando ter jogadores rápidos e com muita qualidade naquele quarteto do meio campo.

É claro que a sorte também protegeu os axadrezados, pois o Sporting fez mais do que o suficiente para marcar na 1ª parte, mas acabou por levar um golo em cima do intervalo, com um daqueles remates que só muito raramente saem e que chegou na melhor altura possível para o Boavista.

Mesmo assim o Sporting não se desuniu e veio para a 2ª parte disposto a dar a volta dentro do sistema de jogo que Rúben Amorim implantou e do qual não abdica, porque foi com ele que conseguiu os resultados que se conhecem.

O empate chegou com naturalidade e quando se esperava que o Sporting apertasse rumo à vitória, veio a fatura dos jogos seguidos acumulados, agravada pela lesão de Sebastián Coates que ainda por cima foi substituído por um Ricardo Esgaio que continua a não ser feliz.

Daí para a frente não houve pernas, nem discernimento e quase nem houve jogo, o que é um problema de que todos se queixam quando perdem, mas para o qual todos contribuem quando estão apertados.

A verdade é que as coisas não estão a sair bem neste início de época que sujeitou a equipa a um calendário complicado, pelo que a situação não está fácil e vai ser preciso reencontrar o rumo rapidamente, até porque esta época o Sp. Braga parece estar muito forte, enquanto o Benfica vai todo embalado, sendo que todos sabemos da importância que os milhões da Liga dos Campeões tem no futebol da atualidade, principalmente para clubes como os portugueses.

Vamos a ver se Rúben Amorim nesta paragem consegue reencontrar o equilíbrio na defesa, afinar o novo meio campo e voltar a pôr a equipa a acertar na baliza, o que certamente é muito trabalho para tão pouco tempo, mas com tantos pontos já desperdiçados, não há mais margem de manobra, é mesmo preciso dar à perna.


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