Onde está a defesa?

 


O jogo de Braga foi o reflexo daquilo que se tinha visto na pré temporada, com o Sporting a sofrer muitos golos, na maior parte das vezes fruto de erros que a este nível não se admitem, até porque a defesa foi o único sector da equipa que não sofreu mexidas, pois Jeremiah St. Juste só ontem se estreou e como era de esperar revelou alguma falta de ritmo e entrosamento. No entanto é visível que Gonçalo Inácio e Matheus Reis ainda não estão ao nível que se exige, pelo que o holandês precisa mesmo de jogar. 

Mas não foi só a defesa que falhou. Depois do 1-2 o Sporting teve duas excelentes oportunidades para fazer o terceiro que praticamente matava o jogo, mas em vez disso levou o empate em cima do intervalo na sequência de uma bola bombeada num livre a meio campo.

Se na 1ª parte houve algum equilíbrio, na 2ª o Sporting foi para cima do Braga e a mudança para um trio de ataque mais móvel resultou em cheio, com Rochinha e Marcus Edwards a fabricarem o 2-3 já muito perto do fim.

Mas se Rúben Amorim acertou em cheio nas substituições ofensivas, o mesmo já não se poderá dizer em relação a entrada de Ricardo Esgaio que de facto fazia sentido numa altura em que Francisco Trincão ocupava a ala direita e em que se pedia maior rigor na defesa dos três pontos, mas a verdade é que foi por aquele lado que Djálo meteu a sexta velocidade que Ricardo Esgaio não conseguiu acompanhar. 

É verdade que à 2ª feira é muito fácil acertar no totobola, mas será que a saída de Pedro Porro em vez de Francisco Trincão fazia sentido? O treinador está na posse de dados que nós desconhecemos e sabe melhor do que ninguém quem são os jogadores mais desgastados, mas aquela imagem de Ricardo Esgaio nas covas foi marcante e assim se perderam 2 pontos que teriam sido muito importantes.

Para uma equipa que não sofreu grandes alterações esperava-se um pouco mais nesta altura, principalmente na defesa, pois são golos sofridos a mais e empates atrás de empates, o que não ajuda nada em termos de confiança, pelo que o jogo de sábado com o Rio Ave passa a ter uma importância acrescida.

Um palavra para a boa arbitragem de Fábio Veríssimo. Mas tenho de dizer que mesmo que na minha opinião aquilo não seja penalti sobre Pedro Gonçalves, também não me parece que fosse um lance de VAR. É uma questão de interpretação e não um erro claro. Lances daqueles com o Taremi acontecem quase todos os fins de semana e nunca vi um VAR com coragem para intervir. Veremos se o critério é para manter.

De qualquer forma foi melhor assim do que ganhar com um penálti polémico, mas também mesmo que fosse golo ainda faltava muito jogo e ninguém sabe o que se iria passar a seguir.

Para finalizar só uma pergunta: no final do jogo o Horta despediu-se do adeptos bracarenses e foi aplaudido, mas durante o jogo o Paulinho foi assobiado pelo mesmo público. Gostava de saber qual é a diferença entre estes dois jogadores para esta malta de Braga.

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