O mercado de inverno

A janela do mercado de inverno fechou com o Sporting a fazer alguns acertos no plantel, que Rúben Amorim explicou com a assertividade do costume.

Não há dúvida que Tiago Tomás precisa de jogar e que o facto do Sporting estar uma equipa cada vez mais ofensiva, o que obriga na maior parte da vezes os seus adversários a recuarem muito, reduz o espaço que o jovem avançado leonino precisa para impor o seu jogo no aproveitamento dos espaços que agora escasseiam, ao mesmo que a equipa pede outras soluções na área, principalmente no jogo aéreo, onde Islam Slimani encaixa como uma luva, para além de ser um jogador que não se furta ao trabalho na recuperação da bola. Resta saber se o argelino ainda está em condições de jogar a este nível e se está disposto a ser apenas mais uma solução, pois sabe-se que à partida o dono do lugar é, e continuará a ser, Paulinho. No entanto em termos teóricos esta troca é vantajosa para o Sporting.

Em relação a Marcus Edwards não me posso pronunciar, pois é um jogador que conheço mal, mas se o treinador o vê como uma aposta importante, provavelmente para compensar a futura saída de Pablo Sarabia, quem sou eu para duvidar desta opção. Assim parece-me bem que o inglês venha já, para se adaptar o mais depressa possível à equipa.

Em sentido contrário segue Jovane Cabral, um jogador que tem muito potencial, pelo seu poderio físico e também pela boa relação que tem com o golo, mas as lesões teimam em atrapalhá-lo, tornando-o num futebolista irregular. Vamos a ver como se safa em Itália, com o seu futebol de safanões e às vezes trapalhão, mas acima de tudo resta saber qual será o saldo desta troca para o Sporting. Acredito que pelo menos a perder não ficamos, afinal Jovane Cabral nunca foi um titular indiscutível.

Por reforçar ficou a defesa, um sector onde eu já há muito que defendo a necessidade de contratar um jogador daqueles que entre de caras para o onze, embora reconheça que Matheus Reis superou todas as expetativas no lado esquerdo deste sector, o que terá deixado Rúben Amorim mais descansado, mantendo a sua ideia de preferir um grupo curto, que em caso de necessidade deve ser reforçado com a malta da formação. 

Num balanço final parece-me que o plantel ficou mais equilibrado com a entrada de dois jogadores que veem para reforçar o banco, onde realmente faltava um homem de área e mais um desequilibrador, e ao mesmo tempo já se está a preparar a próxima época. Esperemos que na prática as coisas funcionem tão bem como nestas teorias.  



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