Com medo da arbitragem

No final do jogo de ontem Rúben Amorim reconheceu que a substituição que operou ao intervalo estava diretamente relacionada com o cartão amarelo que Zouhair Feddal viu à beira do intervalo, mas eu vou mais longe e acrescento que todas as alterações feitas pelo treinador visaram proteger os jogadores do árbitro, em vez de como seria normal, procurarem a melhor estratégia para superar a equipa adversária.

É certo que o resultado ajudava e também é verdade que Pedro Gonçalves saiu lesionado, mas não tenho duvidas que teria sido substituído na mesma, tal como todos os outros que estavam em risco de exclusão também saíram e se calhar Pedro Porro também teria sido substituído mais cedo, se o marroquino não tem visto o tal amarelo.

Houve alguém que recentemente disse que era muito fácil mostrar cartões aos jogadores do Sporting e de facto é. Isto não quer dizer que o amarelo que Pedro Porro viu tenha sido exagerado, nem pouco mais ou menos, mesmo que na 1ª parte o árbitro tenha sido algo condescendente para com, Pickel, o que indiciava um critério largo que até podia ser vantajoso para o Sporting.

Mas não são só os cartões que são fáceis de mostrar aos jogadores do Sporting, também é muito fácil marcar penaltis contra, mesmo em lances que podem ser considerados de interpretação, em que é suposto o VAR não intervir. 

De uma forma ou de outra, o Sporting superou este último obstáculo antes do importante confronto do Dragão, onde não jogando o Pedro, joga o Ricardo, e se não jogar o outro Pedro, jogará outro qualquer.

Quanto ao jogo em si, não foi fácil. nem brilhante, principalmente porque a equipa falhou muitas vezes no último passe, não aproveitando da melhor forma os espaços dados pelo posicionamento muito adiantado do Famalicão, mas também não foi muito complicado, em parte porque António Adán resolveu o problema criado pelo rigoroso olho clínico do Esteves, mas também porque o Famalicão não chateou muito.

No fim até deu para oferecer aos adeptos uns minutos de Islam Slimani, pelo que agora é dar tudo no Dragão, onde uma derrota arruma a questão do título, mas uma vitória dará uma força muito grande a esta equipa na luta pelo bi. É acreditar e depois rezar.

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