As eleições 2022

Estão confirmadas três candidaturas para as eleições do próximo dia 5 de Março, pelo que agora se abre um período de discussão, que se prevê tranquilo, pois a reeleição de Varandas é um facto adquirido, mesmo que eventuais resultados menos bons nos jogos decisivos que se aproximam para a equipa de futebol, possam dar um pouco de fôlego à débil oposição que se apresenta a votos. 

Em breve debruçar-me-ei sobre os programas propostos, mas nesta altura parece-me mais importante apontar aquelas que devem ser as prioridades e as dificuldades que se colocam à próxima Direção, que na minha opinião passam sempre pela conciliação dos dois vetores fundamentais da vida do Clube, que são a atividade desportiva e a sustentabilidade financeira.

Ao longo da sua longa vida as contas do Sporting foram quase sempre deficitárias, porque nunca foi, nem nunca vai ser fácil arranjar receitas suficientes para sustentar um clube enorme e eclético, cujos gastos vão crescendo à medida que as suas equipas se tornam mais competitivas e profissionais, isto sem esquecer que sempre que foram feitos grandes investimentos no património, o Clube ficou com pesados encargos às costas, de tal forma que hoje se diz que parte da dívida do Sporting não é pagável.

Sendo assim não podemos estar à espera de milagres que não vão acontecer, pelo que a sobrevivência do Sporting nesta altura depende mais do que nunca do sucesso da sua equipa de futebol, que não pode perder o comboio da Liga dos milhões, sob pena de se atrasar irremediavelmente em relação aos seus dois grandes rivais internos.

Sendo assim numa altura em que o futebol encontrou em Rubem Amorim um timoneiro que o colocou no rumo certo, dentro da política estabelecida pela Direção, com base numa aposta forte na formação, parece-me claro que chegámos àquele ponto em que se deve apenas retocar alguns pormenores, sem mexer muito naquilo que está a funcionar bem.

Estamos pois muito dependentes do sucesso deste projeto desportivo, que é o único caminho que nos poderá trazer receitas suficientes para garantir a estabilidade financeira do Sporting nos próximos anos e é à volta disto que todos nos deveríamos unir, numa altura em que a questão das vmoc's  será fundamental para que o Sporting Clube de Portugal possa manter a maioria da sua SAD, algo que terá de ser uma prioridade no mandato que se avizinha.

Tudo o resto serão pormenores, havendo algumas coisas que se podem fazer, ou melhorar, mas o foco terá de ser o aproveitar desta oportunidade única de encarrilhar rumo às vitórias regulares que nos escapam há mais de 50 anos.

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