Uma desforra insonsa


O Sporting garantiu um lugar na Final da Taça da Liga, depois de derrotar um Santa Clara que pouco teve a ver com aquela equipa atrevida que com inteiro merecimento derrotou os Leões em Ponta Delgada. Desta vez excetuando alguma agressividade excessiva e a qualidade do pé esquerdo de Lincoln, tudo foi diferente, pois Mário Silva apresentou uma equipa com uma linha de 5 defesas fixos lá atrás, com mais 3 ou 4 jogadores sempre muito próximos da sua área, de tal forma que o Sporting deve ter batido os recordes de posse de bola desta temporada, enquanto o Santa Clara só em lances de bola parada se conseguia aproximar da baliza leonina.

E foi num livre muito bem marcado por Lincoln, que aproveitou a deficiente colocação de uma barreira muito reduzida, para inaugurar o marcador, perante algumas dificuldades do Sporting para ultrapassar as compactas linhas micaelenses.

A coisa parecia estar complicada, até porque este Sporting está a atravessar uma fase de menor fulgor, em que são vários os jogadores importantes fora de forma, o que se traduz numa certa falta de crença que na época passada nunca se sentiu, mesmo nos piores momentos em que a equipa revelava alguma imaturidade e ansiedade.

Mesmo assim não foi preciso muito para dar a volta ao resultado, mas como de costume faltou matar o jogo com o merecido terceiro golo e nos minutos finais a ansiedade da temporada passada voltou a estar presente, mesmo que não tenha passado disso.

Segue-se a Final tanto desejada, em que os velhos rivais se encontram pela segunda vez em 15 edições desta prova, que em tempos ficou tristemente conhecida pelo nome de um árbitro que adulterou o resultado da tal Final onde Sporting e Benfica se defrontaram, no já distante ano de 2009. Esperemos que desta vez o Mota não siga o triste exemplo do passado, ou pelo menos que o VAR o salve, como ontem salvou o Nobre.

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