O regresso do autor do Sporting de autor


Depois da derrota em São Miguel e do paliativo que foi o jogo da Taça, esta deslocação a Vizela era de extrema importância para a sanidade mental da equipa e dos Sportinguistas, pelo que uma vitória com uma exibição segura era o mínimo que se exigia.

Com o regresso de Rúben Amorim ao banco também tivemos de volta o Sporting de autor a que todos nos habituámos nos últimos meses e as escolhas do treinador voltaram a revelar-se acertadas, nomeadamente na justiça da decisão de manter Matheus Reis na defesa e consequentemente Nuno Santos na ala, uma dupla que tem funcionado muito bem pelo que não vale a pena mexer, mas também no que diz respeito à opção por Daniel Bragança em detrimento de Matheus Nunes resultante do castigo do primeiro que obrigou o segundo a jogar com o Leça, o que demonstra que quando o treinador diz que conta com todos, não está só a falar da boca para fora e cada vez mais há gente neste plantel capaz de entrar na equipa sem que se verifiquem grandes quebras de rendimento.

O Vizela tentou entrar forte, um pouco à maneira do Santa Clara, mas parece-me que tem menos qualidade do que os micaelenses e não há dúvida que os jogadores do Sporting perceberam o que é que Rúben Amorim quis dizer quando falou da importância que a intensidade tem no jogo da sua equipa. O resultado foi uma vitória clara e tranquila embora como o treinador leonino disse, continue a faltar a esta equipa a capacidade de matar os jogos com mais golos e no fim tenha havido alguma displicência com umas brincadeiras desnecessárias que podiam ter dado para o torto.

E por falar em dar para o torto, ou muito me engano ou não está longe o dia em que Nuno Santos vai pagar caro os números de circo que teima em armar, sem necessidade nenhuma, embora aquela cena no final do jogo também não justificasse algumas reações claramente excessivas. Mas pronto, que anda à chuva molha-se.

Posto isto vem aí o Braga, que será certamente um osso mais duro de roer, mas esta é a altura deste Sporting demonstrar que aquilo do Santa Clara foi mesmo apenas uma acidente de percurso, para que a equipa chegue a Leiria na máxima força para discutir o primeiro título da época. Vamos a isso Leões.

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