O jogo em que se podia perder


Quando se deixa de fora praticamente todos os titulares é inevitável que a equipa perca qualidade e entrosamento, pelo que a derrota em Amesterdão não foi uma surpresa para ninguém, ainda por cima perante um Ajax que só descansou Tadic e a verdade é que atendendo aos riscos corridos até podia ter sido pior.

Mesmo assim e apesar da indiscutível superioridade dos holandeses, os quatro golos sofridos resultaram de lances perfeitamente evitáveis, como foram um penálti estúpido, uma perda de bola infantil, uma infeliz escorregadela e uma bola que passou pelo buraco da agulha. Ou seja, com um pouco de sorte e menos aselhice, o resultado poderia ter sido outro.

Como era de esperar em termos coletivos a equipa teve muitas dificuldades, o que de resto foi notório pelo facto de não ter havido um único fora de jogo, o que revela que se recuou muito, pois a linha defensiva não estava, nem podia estar, rotinada, mas mesmo assim individualmente foram os jogadores do sector recuado que estiveram melhor, pois os da frente revelaram muita precipitação, mesmo que tenham conseguido dois belos golos.

Apesar disso as notas mais altas vão para João VirgíniaMatheus ReisManuel Ugarte e Bruno Tabata, enquanto os piores terão sido Nuno Santos e Tiago Tomás, num jogo onde até deu para lançar dois miúdos de 17 anos e um de 16. É obra.

Assim, depois de ganhar o jogo que mais queria ganhar, o Sporting perdeu aquele que podia perder e avança agora para cinco desafios onde apenas há margem de erro em Penafiel, num ciclo em que os dois rivais vão ter um duplo confronto no qual alguém vai ter de perder alguma coisa.

Quanto à Liga dos Campeões, agora é rezar, como disse e muito bem o nosso treinador.





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